A ESCUTA NAS TRÊS OPERAÇÕES ENUNCIATIVAS DO ATO DE INSTAURAÇÃO DA CRIANÇA NA LÍNGUA MATERNA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.135046Resumo
Neste artigo, tem-se como objetivo responder à seguinte pergunta: qual é o papel da escuta nas diferentes macro-operações enunciativas, para a criança realizar as principais mudanças no interior dessas macro-operações? A fim de responder à pergunta, o texto apresenta uma base teórica e uma base analítica. A base teórica é constituída pela revisita a textos das obras Problemas de Linguística Geral I e Problemas de Linguística Geral II, de Émile Benveniste, para mostrar como comparece o termo ouvinte nas problematizações sobre linguagem, língua e enunciação. A partir da noção de ouvinte, será apresentada uma concepção de escuta como instância enunciativa intermediária das realizações vocais nas inversibilidades enunciativas eu-tu. A essa construção teórica, a partir de Benveniste (1995; 1989), é agregada a reflexão sobre a aquisição de língua materna proposta por Silva (2007; 2009), com a apresentação do funcionamento das três macro-operações enunciativas no ato de instauração da criança na língua materna. Com o propósito de responder à questão analiticamente, são retomados recortes enunciativos presentes em Silva (2007), para ilustrar o papel da escuta em cada uma das macro-operações. O estudo aponta, por fim, a interdependência de realizações vocais e de escutas na história de enunciações da criança e, consequentemente, em sua instauração na língua materna.
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