UM MONSTRO CHAMADO SOCIEDADE: DO GÓTICO POLÍTICO À DISTOPIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.107856

Resumo

O gótico é indissociável do contexto político em que surge, e permanece, ao longo de sua trajetória, em diálogo com questões relacionadas a poder, controle e transgressão. Não obstante, há momentos em que comentários sociopolíticos assumem protagonismo e os mecanismos do gótico ganham fins retóricos para além da narrativa em si. Caleb Williams, de William Godwin, pode ser tomado como uma das primeiras manifestações desse uso do gótico, em que Fred Botting ressalta a construção de um Estado monstruoso e os horrores da opressão criada por uma justiça corrupta, e que David Punter chamará de “Political Gothic”. Apresenta-se, aqui, a hipótese de que os temas e estratégias presentes nesse uso do gótico se aplicariam também a outro gênero profundamente engajado com seu contexto político-social, a distopia. Buscamos, assim, apresentar como a ficção distópica dá continuidade a essa tradição de representações monstruosas da sociedade.

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Biografia do Autor

Pedro Sasse, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Estudos de Literatura pela UFF. Pós-Doutorado na UFF. 

 

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Publicado

2021-03-03

Como Citar

SASSE, P. UM MONSTRO CHAMADO SOCIEDADE: DO GÓTICO POLÍTICO À DISTOPIA. Organon, Porto Alegre, v. 35, n. 69, p. 1–16, 2021. DOI: 10.22456/2238-8915.107856. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/107856. Acesso em: 25 jun. 2025.