"A CORRENTE QUE ARRASTAVA"

HISTÓRIAS E PATRIMÔNIO CULTURAL DOS QUILOMBOS DE ORIXIMINÁ

Autores

  • Luciana Gonçalves de Carvalho Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) http://orcid.org/0000-0001-7916-9092
  • Elielma Pires Semed Oriximiná
  • Zair Henrique Santos Ufopa

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.125206

Resumo

Entre os bens culturais identificados no Inventário Nacional de Referências Culturais dos Quilombos de Oriximiná, as histórias contadas sobre visagens, bichos e encantados se destacam em função de sua riqueza linguística, eloquência performática e carga simbólica, constituindo um elemento identitário peculiar das 37 comunidades quilombolas desse município paraense. Por meio de conversas informais e entrevistas abertas realizadas com 130 indivíduos em cerca de dois meses de trabalho de campo, foram registradas aproximadamente 70 narrativas dessa natureza, que deram vazão a uma recorrente forma de expressão da cosmovisão local. Do acervo constituído, integralmente transpassado para o suporte textual, o relato sobre “a corrente que arrastava” é tomado, em sua forma escrita, como objeto deste trabalho. Registrado na Cachoeira Porteira, ele traduz – em poucas palavras dotadas de alto valor simbólico – múltiplos aspectos do histórico de ocupação negra na região. Aponta, portanto, incontestes referências do patrimônio cultural das comunidades quilombolas de Oriximiná.

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Biografia do Autor

Luciana Gonçalves de Carvalho, Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Doutora em Ciências Humanas-Antropologia (PPGSA/UFRJ, 2005), mestra em Sociologia (PPGSA/UFRJ, 1997), bacharel em Ciências Sociais (UFRJ, 1994). Professora na Universidade Federal do Oeste do Pará desde 2010, atuando nos cursos de graduação em Antropologia, mestrado em Ciências da Sociedade e doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (Ciências Ambientais). Professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFPA. No Grupo de Pesquisa Diversidade Cultural, Território e Novos Direitos na Amazônia, tem pesquisas em andamento sobre memória, conhecimentos tradicionais, patrimônio cultural, direitos coletivos e conflitos socioambientais em comunidades tradicionais afetadas por projetos de desenvolvimento e Unidades de Conservação. Coordena o Programa de Extensão Patrimônio Cultural na Amazônia (Proext/MEC), com atuação na região da Calha Norte desde 2010. De 2001 a 2010 atuou como pesquisadora e gestora de diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento de setores ligados ao patrimônio cultural imaterial brasileiro no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan. É autora de publicações sobre patrimônio cultural imaterial, cultura popular, memória, trabalho e conhecimentos tradicionais em  comunidades  amazônicas, bem como de relatórios técnicos, laudos e outros estudos antropológicos em processos de regularização fundiária, disputa territorial e conflito socioambiental.

Elielma Pires, Semed Oriximiná

Licenciada em Pedagogia, Coordenadora de Mulheres da ACRQAT, foi pesquisadora do INRC dos Quilombos de Oriximiná. 

Zair Henrique Santos, Ufopa

Doutor em Educação, professor da Ufopa. Atua no Profletras e no PPGE/Ufopa.

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Publicado

2022-12-27

Como Citar

GONÇALVES DE CARVALHO, L. .; DE JESUS PIRES, E.; SANTOS, Z. H. "A CORRENTE QUE ARRASTAVA": HISTÓRIAS E PATRIMÔNIO CULTURAL DOS QUILOMBOS DE ORIXIMINÁ. Organon, Porto Alegre, v. 37, n. 74, 2022. DOI: 10.22456/2238-8915.125206. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/125206. Acesso em: 3 maio. 2025.