NOS MEANDROS DO FANTÁSTICO: A ERA VITORIANA SEGUNDO ARTHUR MACHEN

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.86263

Abstract

Este artigo visa a demonstrar como Arthur Machen, autor da segunda metade do século XIX, considerado um mestre da literatura de horror, incorpora à ficção temas e tropos da Era Vitoriana, utilizando elementos fantásticos como uma forma de desafio às crenças e valores da época. Em O grande deus Pã, ele cria uma ficção em que é possível o contato entre dois mundos, visível e invisível. Por meio de uma personagem híbrida e metamórfica, que é o fio condutor da narrativa, Machen promove transgressões que se concretizam no espaço-tempo da ficção e espelham outras que se dão, secretamente, no mundo empírico. A recepção negativa da novela por parte da crítica refletiu o impacto que ela exerceu na sociedade inglesa do fin-de-siècle, pois expôs as entranhas de uma sociedade em que o erotismo era temido, o lar cultuado e a paixão era tabu.

PALAVRAS-CHAVE: Era vitoriana; Fantástico; O grande deus Pã.

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Autor/innen-Biografie

Shirley de Souza Gomes Carreira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Shirley de Souza Gomes Carreira possui Graduação em Letras, Português- Inglês, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980), mestrado em Interdisciplinar Lingüística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), doutorado em Literatura Comparada (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e pós-doutorado em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ (2004-2005). É membro do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior/ BASis, INEP e do Banco de Consultores Ad Hoc da FUNADESP e da FAPERJ. Como ensaísta, tem trabalhos publicados em livros e periódicos do Brasil, México, Portugal, Estados Unidos e Inglaterra. Sua produção ensaística aborda os seguintes temas: pós-colonialismo, questões de identidade e de gênero, estudos culturais, diásporas, multiculturalismo e a produção textual dos escritores migrantes. Sua pesquisa atual focaliza as relações entre Literatura e Memória Étnica. Exerceu a função de professor adjunto-doutor I na Universidade do Grande Rio por 12 anos, onde também foi Coordenadora do Curso de Letras, Coordenadora do Curso de Especialização em Língua Inglesa, Coordenadora Pedagógica do Núcleo Multidisciplinar de Educação a Distância e Coordenadora do Programa de Mestrado em Letras e Ciências Humanas. É fundadora e faz parte do conselho editorial da Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades da UNIGRANRIO. Atua também como investigadora convidada do Centro de Estudos Linguísticos, Comparados e Multimédia da Universidade Autónoma de Lisboa. Foi Coordenadora Institucional do Pibid UNIABEU, Coordenadora do Programa de Apoio à Pesquisa e Pró-Reitora Acadêmica da UNIABEU, onde também lecionou no Curso de Letras e exerceu a função de editora-gerente dos periódicos UNIABEU e de editora-chefe da Revista e-scrita, do curso de Letras, e da Revista UNIABEU. Atualmente, é Professora Adjunta da UERJ(FFP) e integra o quadro permanente do Programa de Pós-Graduação (stricto sensu) em Letras e Linguística da UERJ. Publicações recentes: Memória e identidade: ensaio, Diásporas e deslocamentos: travessias críticas, Poéticas do contemporâneo e Memória, Identidade e Cultura: ensaios.

Veröffentlicht

2018-12-14

Zitationsvorschlag

CARREIRA, S. de S. G. NOS MEANDROS DO FANTÁSTICO: A ERA VITORIANA SEGUNDO ARTHUR MACHEN. Organon, Porto Alegre, v. 33, n. 65, p. 12, 2018. DOI: 10.22456/2238-8915.86263. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/86263. Acesso em: 5 mai. 2025.