COSMOPOÉTICAS GUARANI
NHE’Ẽ PORÃ COMO RETOMADAS LITERÁRIAS
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.143447Resumo
Os povos indígenas no Brasil têm existido e resistido há milênios e, nos últimos cinco séculos, como parte do processo de invasão europeia, as estratégias de resistência têm sido reelaboradas como consequência do recrudescimento de mecanismos de violência orquestrados por distintas forças no país. Populações Guarani, em particular, estão entre aquelas que mais têm sofrido ataques sistemáticos. O objetivo deste ensaio é apresentar e discutir cosmopoéticas Guarani como retomadas literárias para a fabulação de outros mundos, amparado sobretudo na arte e no pensamento de Carlos Papá Mirim Poty. Argumentamos que criações e estéticas indígenas Guarani são fundamentais para nos ajudar a construir outros referentes de compreensão e leitura sensível do mundo, em que a espiritualidade (palavras-alma) é peça crucial no complexo quebra-cabeça de relações entre povos originários e sistemas globais de opressão de origem colonial, capitalista e patriarcal. Palavras e expressões como nhe’ëry, jeroky, ayvu rape, xeyvara reté e ka'aguy dão forma à cosmopoética Guarani, uma estratégia de interiorização das realidades para exteriorização do bem-viver.
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