COSMOPOÉTICAS GUARANI

NHE’Ẽ PORÃ COMO RETOMADAS LITERÁRIAS

Autores

  • Alan Alves-Brito Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Isael da Silva Pinheiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0003-3124-2101

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.143447

Resumo

Os povos indígenas no Brasil têm existido e resistido há milênios e, nos últimos cinco séculos, como parte do processo de invasão europeia, as estratégias de resistência têm sido reelaboradas como consequência do recrudescimento de mecanismos de violência orquestrados por distintas forças no país. Populações Guarani, em particular, estão entre aquelas que mais têm sofrido ataques sistemáticos. O objetivo deste ensaio é apresentar e discutir cosmopoéticas Guarani como retomadas literárias para a fabulação de outros mundos, amparado sobretudo na arte e no pensamento de Carlos Papá Mirim Poty. Argumentamos que criações e estéticas indígenas Guarani são fundamentais para nos ajudar a construir outros referentes de compreensão e leitura sensível do mundo, em que a espiritualidade (palavras-alma) é peça crucial no complexo quebra-cabeça de relações entre povos originários e sistemas globais de opressão de origem colonial, capitalista e patriarcal. Palavras e expressões como nhe’ëry, jeroky, ayvu rape, xeyvara reté e ka'aguy dão forma à cosmopoética Guarani, uma estratégia de interiorização das realidades para exteriorização do bem-viver.  

 

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Publicado

2025-04-10

Como Citar

ALVES-BRITO, A.; DA SILVA PINHEIRO , I. COSMOPOÉTICAS GUARANI : NHE’Ẽ PORÃ COMO RETOMADAS LITERÁRIAS . Organon, Porto Alegre, v. 40, n. 79, 2025. DOI: 10.22456/2238-8915.143447. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/143447. Acesso em: 27 abr. 2025.