A ESCRITA DE CARTAS-ENSAIOS PARA QUESTIONAR O FAZER EM PESQUISA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.131262Resumo
Neste artigo, apresento a constituição de cartas-ensaios como possibilidade narrativa para o pesquisar, colocando em análise a produção de conhecimento desde nossos lugares de conhecimento. Para tanto, produzo um ensaio que tem como fio condutor a defesa da produção de uma política da intimidade e do erótico para a pesquisa. Para isso, aciono o diálogo que teço com intelectuais como bell hooks, Audre Lorde e Gloria Anzaldúa, uma conversa em composição para indagar como fazer uma pesquisa-relação preocupada em como nos encontramos e respeitamos as diferenças e como acolhemos múltiplas formas de existências em nossos processos de pensar e escrever uma pesquisa. Para alimentar a discussão proposta, as cartas-ensaios surgem como convite aos diálogos, à escrita falada e a desconstrução de um modo hegemônico de escrever os processos de pesquisa que, na grande maioria das vezes, capturam existências e línguas. Essa pesquisa mostrou que precisamos apostar no alargamento das possibilidades metodológicas que nos propomos, bem como demonstrou que a descolonização do conhecimento deve se dar de forma prática, nas ações de nosso fazer. As cartas-ensaios, desta forma, operaram como uma máquina produtora de abertura de encontros e diálogo entre interlocutoras/es da pesquisa.
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- 2023-07-28 (2)
- 2023-07-27 (1)
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