FRONTEIRAS POROSAS
IDENTIDADE AFRO-EUROPEIA EM LA LINEA DEL COLORE, DE IGIABA SCEGO
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.130716Resumo
Este artigo pretende investigar de que maneira a escritora Igiaba Scego, no romance La linea del colore (2020), revisita o passado italiano para demonstrar que a Itália se construiu como branca escamoteando da sua história povos de outras origens étnico-raciais. A questão sobre o passado italiano não branco chama a atenção das duas protagonistas: Lafanu Brown, uma negra estadunidense com origens indígenas, que viaja à Itália em pleno século XIX para se tornar pintora; e Leila, uma curadora de arte ítalo-somali que pesquisa a obra de Lafanu na contemporaneidade. Através da perspectiva de ambas, conhecemos uma Itália repleta de monumentos que comprovam a passagem de povos de outras culturas pela península. Além disso, Scego discute sobre a identidade cultural contemporânea de sujeitos que nasceram e/ou cresceram na Itália, mas que possuem outros backgrounds culturais. Nosso objetivo é lançar luz sobre um passado pouco conhecido (até mesmo para os italianos) e reforçar a necessidade de um debate a respeito dessa formação identitária em que diferentes identidades culturais se intersectam. Nesse sentido, a análise aqui realizada levará em consideração autores e autoras de diferentes perspectivas teórico-metodológicas que tratem de temas mencionados anteriormente, como Giuliani (2013), Mbembe (2018), Hall (2019) e Otele (2021).
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