ARTAUD E O MEIO PARA OS DEVIRES-LOUCO

Autores

  • Diego Lock Farina Doutor em Estudos de Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.117435

Resumo

O presente artigo analisa os agenciamentos entre a obra de Artaud e o desdobramento de alguns de seus conceitos operado por Deleuze no campo do pensamento imanente. Partindo de Pour en finir avec le jugement de dieu e da poética da crueldade, Artaud erige o “Corpo sem órgãos”, que declara combate ao organismo antropocêntrico, em nome da liberdade pré-individual, do fim do juízo, e pela demanda de uma história do impossível na linguagem. Fora e devir, gagueira e esquizofrenia enquanto estilo, encontram em Deleuze singulares problematizações ético-políticas através da literatura como empreendimento de saúde. Nesse intuito, tensionamos sobretudo as leituras de Grossman e Blanchot acerca do silêncio e do sofrimento artauniano com o pensamento sem imagem deleuziano, no sentido de explorarmos as reais metamorfoses que acontecem em meio a esse processo artístico antimimético, não-teleológico, não-identitário e que, enfim, provoca os limites do ontológico, promovendo a multiplicidade no plano da criação.

 

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

LOCK FARINA, Diego. ARTAUD E O MEIO PARA OS DEVIRES-LOUCO. Organon, Porto Alegre, v. 36, n. 72, p. 117–139, 2021. DOI: 10.22456/2238-8915.117435. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/117435. Acesso em: 28 ago. 2025.