Reflexões entre fotografia, antropologia e patrimônio

Associação Fotoativa

Autores

Palavras-chave:

Antropologia, Fotografia, Patrimônio Cultural

Resumo

A partir do histórico de atuação da Associação Fotoativa e dos seus desdobramentos na produção fotográfica paraense e ocupação do espaço urbano da cidade de Belém, quais reflexões podem ser possíveis para o campo do patrimônio quando temos a fotografia como ponto de partida? Para realizar esta pesquisa, os dados historiográficos sobre a fotografia paraense da década de 1980 em diante (Mokarzel, 2014) e (Maneschy, 2012). Para uma análise antropológica, analisar as características únicas do seu processo de construção e de relação com os sujeitos (Geertz, 1997), a fotografia paraense – atravessada pela Fotoativa – constitui um sistema de pensamento (Samain, 2018) e de signos culturais em constante mudança que possuem e representam valores de grupos
sociais (Fernandes; Rocha; Carelli, 2021). É a partir dessa atuação que a associação pode desempenhar um papel de transformação social quando pensamos o histórico de atuação da associação dentro da cadeia operatória do patrimônio (Barboza; Mendonça, 2024)

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Biografia do Autor

Raphael da Luz Melo, Universidade Federal do Pará

Bacharel em Museologia (FAV/UFPA) e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Patrimônio Cultural – PPGPatri/UFPA.

John Fletcher Couston Junior, Universidade Federal do Pará

Professor da Faculdade de Artes Visuais (ICA/FAV/UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Patrimônio Cultural (PPGPatri/UFPA). Doutor em Antropologia pelo PPGA/UFPA, com pesquisa sanduíche na Universidad del Cauca, em Popayán, Colômbia (primeiro semestre de 2015), e Mestre em Artes pelo PPGArtes/UFPA. Possui pesquisa sobre Arte Contemporânea nas Amazônias. É membro da Associação Fotoativa e da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).

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Publicado

2025-04-26

Como Citar

DA LUZ MELO, R.; FLETCHER COUSTON JUNIOR, J. Reflexões entre fotografia, antropologia e patrimônio: Associação Fotoativa. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 26, n. 70/2, p. 261–279, 2025. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/145249. Acesso em: 27 abr. 2025.