Indução de aderência intrabdominal por prótese de retícula de polipropileno:
estudo experimental em ratos
Resumo
INTRODUÇÃO: A correção de hérnias na virilha através de um método videolaparoscópico transperitoneal está se tornando cada vez mais comum. Contudo,
este método poderia levar a um aumento na incidência de formação de aderências.
MATERIAIS E MÉTODOS: A incidência de aderências induzidas pela colocação de retícula e pela reperitonização foram observadas em 40 ratos Wistar adultos, machos, divididos aleatoriamente em quatro grupos com 10 ratos cada um (Grupo A = sem retícula, sem reperitonização; B = sem retícula, com reperitonização; C = com retícula, sem reperitonização; D = retícula e reperitonização). Após a abertura da cavidade abdominal, a fossa ilíaca foi identificada e fez-se uma abertura de aproximadamente 2 x 2 cm na parede parietal. Nos ratos em que uma prótese de polipropileno foi utilizada, uma retícula Marlex com 1,5 x 1,5 cm foi colocada sobre a abertura peritoneal. Nos outros animais, a reperitonização foi feita com sutura simples, utilizando-se fio de polipropileno monofilamentar 5.0 com uma agulha cardiovascular (atraumática). Os animais foram sacrificados 15 dias depois da operação. A análise macroscópica foi realizada por um investigador cego quanto ao grupo de origem dos animais. A análise estatística utilizou o teste exato de Fisher e o c2. Um P < 0,05 foi considerado significativo.
RESULTADOS: As aderências foram significativamente mais comuns nos grupos nos quais a prótese foi utilizada (59% vs. 95%; P = 0,01), assim como nos grupos
nos quais foi feita a reperitonização (58% vs. 100%; P = 0,03).
CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a retícula de polipropileno e a reperitonização são fatores independentes entre si quanto à indução de formação
de aderências.
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