Tempo de permanência e motivos de retirada do cateter venoso central de pacientes renais crônicos em hemodiálise ambulatorial

Autores

Palavras-chave:

Cateteres venosos centrais, Fístula arteriovenosa, Diálise renal, Infecção.

Resumo

Introdução: A permanência prolongada de Cateter Venoso Central (CVC) em Hemodiálise (HD) está relacionado a maior risco de complicações. O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo, em dias, de permanência e o motivo de retirada do CVC em pacientes renais crônicos submetidos à HD ambulatorial em um seguimento de 10 meses. Métodos: Estudo longitudinal, retrospectivo, realizado em unidade de HD de um hospital público no sul do Brasil, no período de janeiro a setembro/2019. A coleta de dados foi realizada pelos pesquisadores a partir de prontuário eletrônico e planilha de registros dos doentes renais crônicos em hemodiálise por CVC de curta e longa permanência no período em estudo. Projeto aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Resultados: Foram avaliados 91 cateteres de 55 pacientes, com prevalência do sexo feminino 33 (60%), média de idade 55 ± 18 anos e cor branca 42 (76,3%). Quarenta e sete (52%) dos CVCs eram de curta permanência, e 70 (76,9%) inseridos em veia jugular direita. O tempo de hemodiálise com CVCs de curta permanência variou de quatro a 190 dias com mediana de 47 dias (21, 7-69, 3) e os de longa permanência de 47 a 1.486 dias, com mediana de 231 (95-676). O principal motivo de retirada dos cateteres foi a troca por outro CVC 17 (36,2%). A taxa de suspeita e/ou infecção foi de 14 (15,4%). Conclusão: O tempo de permanência dos CVC foi prolongado o que expõe os pacientes a riscos. O principal motivo para retirar o CVC não foi a confecção de Fístula Arteriovenosa (FAV), apontando para a necessidade de revisar os processos assistenciais visando modificar e priorizar essa prática.

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Biografia do Autor

Karen Ferreira dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduação em Enfermagem pela UFRGS, pós graduação em Nefrologia pela UFRGS.

Guilherme Breitsameter, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Mestre em Ciências da Saúde - Área de Concentração: Nefrologia PUCRS. Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela UFRGS. Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Enfermeiro Unidade de Hemodiálise Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Maria Conceição da Costa Proença, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela Universidade Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Enfermeira da Unidade de Hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Fernanda Guarilha Boni, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduação em Enfermagem pela UFRGS, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFRGS. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa no Cuidado ao Adulto e Idoso (GEPECADI) registrado no CNPq.

Isabel Cristina Echer, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Mestre em Educação PUCRS, Doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da UFRGS. Professora associada da Escola de Enfermagem da UFRGS. Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa no Cuidado ao Adulto e Idoso (GEPECADI) registrado no CNPq.

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Publicado

28-06-2021

Como Citar

1.
dos Santos KF, Breitsameter G, Proença MC da C, Boni FG, Echer IC. Tempo de permanência e motivos de retirada do cateter venoso central de pacientes renais crônicos em hemodiálise ambulatorial. Clin Biomed Res [Internet]. 28º de junho de 2021 [citado 28º de abril de 2025];41(1). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/107790