NA ROTA DOS CABOCLOS

Autores

  • Miriam Rabelo Universidade Federal da Bahia
  • Clara Flaksman Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.106250

Palavras-chave:

Caboclos, Religiões Afroindígenas, Movimento, Trajetórias.

Resumo

Presentes em muitas religiões de matriz afroindígena, caboclos são entidades plásticas, que escapam a definições precisas e se destacam pelo seu movimento. Levando a sério essa propensão dos caboclos ao movimento, este texto evita perguntas relativas à origem ou natureza dessas entidades em favor de uma abordagem que acompanha seus trajetos, buscando identificar os efeitos de suas passagens pelas vidas das pessoas e terreiros baianos onde atuam. Conforme mostra, nas casas em que têm papel de destaque, os caboclos performam uma topologia móvel que aproxima e junta de maneiras variáveis tempos, paisagens e práticas diversas. No seu movimento, os caboclos ajudam a compor o terreiro como espaço em que novas conexões podem se produzir. Se o resultado dessa composição pode ser chamado de mistura, é importante ressaltar que o sentido de mistura aqui é social: remete à possibilidade de convivência entre seres diferentes.

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

Rabelo, M., & Flaksman, C. (2020). NA ROTA DOS CABOCLOS. Debates Do NER, 2(38), 145–180. https://doi.org/10.22456/1982-8136.106250