Brasil, um sistema social diante do caos:

socialização política desigual de estudantes brasileiros durante a pandemia de covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-5269.133610

Resumo

Qual foi o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a estrutura de poder emergente no sistema social brasileiro? A pandemia causou isolamento social por dois anos. A desigualdade ficou evidente durante esse período. O Brasil apresenta alta concentração de riqueza, estudantes de diferentes classes recebem educação desigual, e as autoridades políticas não enfrentam tais dilemas. Nesse sentido, a crise pode ter afetado na socialização dos jovens para a política. A teoria dos sistemas sociais diz que a sociedade é um todo interdependente com funções que se interpenetram: educação, economia e política. Aplica-se análise sistêmica em dados de questionários (survey, 2015-2022) sobre política que turmas de jovens responderam em escolas públicas e privadas de ensino médio. A hipótese é que a pandemia aprofundou a concentração de poder na sociedade capitalista. Evidencia-se ampliação da alienação política de estudantes de grupos subalternos como resultado da qualidade desigual do seu aprendizado.

 

Palavras-chaves: teoria dos sistemas, socialização, política, desigualdade, pandemia

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Biografia do Autor

Felipe Zorzi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui doutorado e mestrado em ciência política pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui também graduação em relações internacionais pela mesma universidade. Foi pesquisador visitante na Universidade de Harvard (Ash Center for Democratic Governance and Innovation). É membro do Núcleo de Estudos sobre América Latina (Nupesal – UFRGS). Estuda sistemas complexos, sistemas sociais, cultura política e desigualdade.

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Publicado

2023-08-31

Como Citar

Zorzi, F. (2023). Brasil, um sistema social diante do caos:: socialização política desigual de estudantes brasileiros durante a pandemia de covid-19. Revista Debates, 17(2), 51–86. https://doi.org/10.22456/1982-5269.133610