Criação sem criador: uma análise das teorias de tradução de Yoko Tawada em “Tawada Yoko não existe” em diálogo com Jorge Luis Borges e “A biblioteca de Babel”

Autores

  • Marianna Ilgenfritz Daudt

Resumo

Com o presente artigo, pretende-se apresentar um breve estudo comparativo entre as teorias de tradução de Yoko Tawada e de Jorge Luis Borges, utilizando-se como base a análise do ensaio “Tawada Yoko não existe”, de Tawada, e o conto “A biblioteca de Babel”, de Borges, tendo como principal aporte teórico ensaios críticos dos próprios autores. A diferença dos contextos de escrita e reflexão dos dois escritores tem o importante papel de marcar a universalidade e, ainda mais, a permanente atualidade e necessidade de se discutir o tema da tradução de pontos de vista não-centrais. A reflexão teórica busca enfocar as críticas ao conceito de originalidade mantidas por Tawada e por Borges e dessacralização da figura do autor, considerando que esse conceito e a consequente exigência da fidelidade na tradução têm estado na base da ideia de inferioridade dos textos traduzidos. Expondo as fragilidades desse conceito, os autores enfraquecem as teorias dominantes das culturas centrais sobre as periféricas e valorizam a mobilidade dos textos e as produções de diferentes espaços culturais.

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Publicado

19.03.2023

Como Citar

Ilgenfritz Daudt, M. (2023). Criação sem criador: uma análise das teorias de tradução de Yoko Tawada em “Tawada Yoko não existe” em diálogo com Jorge Luis Borges e “A biblioteca de Babel”. Contingentia, 9(2), 106–121. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/contingentia/article/view/129666

Edição

Seção

Artigos