O que a Pedagogia Feminista Pode Ensinar para a Pedagogia da Dança? tensionamentos e entrelaçamentos

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DOI:

https://doi.org/10.22456/2236-3254.125194

Resumo

Este artigo problematiza o ensinar-aprender dança a partir da constatação de discrepâncias entre as transformações e inovações conquistadas pela dança enquanto prática artística cênica e o modo como a experiência educativa do aluno se constrói em sala de aula, ainda conduzido em diversos contextos por parâmetros bastantes tradicionais, seguindo referências e procedimentos muitas vezes conservadores, desatualizados e autoritários em relação aos avanços já experimentados pela dança cênica. A pedagogia feminista, nesse sentido, é aqui vista como um caminho potente para abordarmos essas questões. Para esta tarefa, nos apoiaremos nos seis princípios da pedagogia feminista identificados pelas pesquisadoras Lynn Webb, Myria Allen e Kandi Walker (2002), assim como nas abordagens da feminista, ativista e educadora bell hooks, das feministas e filósofas Djamila Ribeiro, Márcia Tiburi e Judith Butler, dentre outras, articuladas às nossas experiências como artistas-professoras-pesquisadoras. Assim, buscamos, também, propor modos de pensar que melhor se alinhem às demandas e urgências do campo da dança na atualidade.

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Biografia do Autor

Raquel Pires Cavalcanti, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte/MG, Brasil

Raquel Pires Cavalcanti é bailarina, coreógrafa, professora e pesquisadora. Formou-se como professora da Técnica Alexander em 1999 em Nova York (EUA), graduou-se em Artes Liberais pela Adelphi University (EUA) e tornou-se mestra em Dança Educação pela New York University (EUA) . Desde 2014, é professora do Curso de Dança do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Belas Artes da UFMG, atuando principalmente nas áreas de Educação Somática, Improvisação, Vídeo-dança, Pedagogia da Dança e Práticas Corporais. Atualmente, Raquel é doutoranda no Programa Artes da Cena da UNICAMP.Gerais.

Maria Emilia Gomes, Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP, Campinas/SP, Brasil

Maria Emília Gomes é MULHERPRETAcisbissexual. Artista da Dança. Filha da ‘Dona Julita’ e do ‘Preto da Marieta (Sr. Silvestre)'. Cria das rodas de capoeira e das brincadeiras de rua, começou sua formação em dança na cidade de Ouro Preto-MG e se profissionalizou como bailarina interprete pelo Balé Jovem do Palácio das Artes e como interprete-criadora pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. É Licenciada em Dança pela UFMG e em Estudos Gerais: Artes e Culturas Comparadas pela Universidade de Lisboa. Atuou como bailarina da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre/RS, bailarina-interprete-criadora do coletivo Mimese Cia de Dança Coisa, professora de Dança no Projeto Escola Preparatória de Dança – EDP da Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS e assistente de ensaio da Cia Jovem de Dança/RS. Também atuou como professora curso Técnico de Dança no Programa Mediotec em São Caetano do Sul (SP) - FASCS e, atualmente, está professora nos cursos Prática de Dança e Agente Cultural no programa FIC/FASCS. Atualmente está mestranda em Artes da Cena na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e pesquisa Práticas Pedagógicas Decoloniais e Antirracistas na Formação do Artista da Dança. Emília é interprete criadora e produtora na T.F. Cia de Dança/SP e desde 2019 atua como professora e coordenadora artística no projeto piloto Ayodele Balé, escola de formação em dança para crianças negras e não negras de baixa renda na cidade de São Paulo.

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Publicado

2022-10-07

Como Citar

Cavalcanti, R. P., & Gomes, M. E. (2022). O que a Pedagogia Feminista Pode Ensinar para a Pedagogia da Dança? tensionamentos e entrelaçamentos. Cena, 22(38), 01–10. https://doi.org/10.22456/2236-3254.125194