A ÁFRICA E AS POTÊNCIAS EMERGENTES: O SUL E A COOPERAÇÃO PROFANA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-6912.45812Palavras-chave:
África, Potências Emergentes, BRICS, Cooperação Sul-SulResumo
Após a segunda “década perdida”, surpreendentemente, no início do Século XXI, a África retoma o crescimento econômico, o desenvolvimento socioeconômico, relativa estabilidade política e avanço nos processos de integração regional e continental. A razão de tal inflexão resulta de uma combinação de fatores tanto internos quanto externos: a estabilização de grandes nações africanas, a atuação de suas lideranças na busca da integração política e econômica (NEPAD e UA) e a crescente presença de potencias emergentes, especialmente da China, mas também dos demais BRICS e outras grandes nações em desenvolvimento. Com base em novos fluxos de capital entre a semiperiferia e a periferia, ocorre um fenômeno ligado a iniciativas político-diplomáticas e sociais de Cooperação Sul-Sul, de significativos impactos na transformação do sistema internacional. Tanto é assim que as potencias Ocidentais, a partir da crise de 2008, passaram a buscar a reversão de tal processo.