Reflexões sobre memórias como rupturas na poesa de Cora Coralina e Adélia Prado
Keywords:
Poesia, Temporalidades, Rupturas.Abstract
Este escrito busca pensar possibilidades interpretativas para a poesia a partir da concepção da memória como ruptura do tempo linear de concepção Ocidental. Utilizamos dois poemas de mulheres poetas para buscar compreender melhor como as memórias atravessam o tempo, sendo eles: “Moinho do tempo”, de Cora Coralina (1889-1985), e “O que a memória ama, fica eterno”, de Adélia Prado (1935). Tais obras foram escolhidas por tomarem as reflexões sobre o tempo como tema e por serem as autoras mulheres interioranas de uma sensibilidade extremamente aguçada. Nossa análise sobre os poemas foi qualitativa e demonstrativa e nossas reflexões teóricas partiram de uma pesquisa bibliográfica. Os resultados deste trabalho revelam como a poesia tem o poder de romper com o tempo linear Ocidental, revelando-nos novas formas de conceber o tempo, a vida e a arte.