Avaliação da qualidade metodológica de diretrizes para prevenção de cárie na primeira infância
DOI:
https://doi.org/10.22456/2177-0018.136258Palavras-chave:
Cárie dentária, Guias de prática clínica como assunto, Prevenção de doençasResumo
Objetivo: Avaliar a qualidade metodológica de diretrizes para a prática clínica (DPCs) voltadas à prevenção de cárie na primeira infância. Materiais e métodos: Busca sistematizada da literatura foi realizada em bases de dados e sites de organizações de diretrizes. Duas revisoras selecionaram DPCs baseadas em evidências, contendo recomendações para prevenção de cárie em dentes decíduos, de crianças menores de 6 anos de idade, sem restrições quanto ao país, idioma ou data de publicação. Três avaliadoras treinadas aplicaram o instrumento AGREE II em cada diretriz selecionada, avaliando a qualidade metodológica e emitindo pareceres sobre a recomendação. Resultados: Seis diretrizes foram avaliadas, apresentando variações na qualidade metodológica. Nenhuma diretriz reportou uso de guia de reporte. No geral, as DPCs tiveram escores mais altos para os domínios: “clareza de apresentação” (71.0%, IC 56.1 - 85.9), “escopo e propósito” (68.2%, IC 50.9 - 85.4) e “envolvimento das partes interessadas” (62.3%, IC 41.8 - 82.9); e menores escores para os domínios “rigor do desenvolvimento” (59.2%, IC 39.4 - 78.9), “aplicabilidade” (58.7%, IC 32.8 - 84.6) e “independência editorial” (57.2%, IC 31.4 - 83.0). Uma diretriz recebeu recomendação de uso, quatro receberam recomendação com modificações e uma não foi recomendada. Discussão: A avaliação das DPCs para prevenção de cárie na primeira infância revelou variabilidade na qualidade metodológica. Conclusão: É necessário aderir a guias de reporte, aprimorar o reporte de alguns domínios, especialmente na aplicabilidade e independência editorial das (DPCs) voltadas à prevenção de cárie na primeira infância.
Downloads
Referências
Pitts NB, Baez RJ, Guillory CD, Donly KJ, Feldens CA, McGrath C, et al. Early childhood caries: IAPD Bangkok Declaration. Int J Paedriatr Dent 2019; 86(2):385-86.
Dias TKS, Ferreira GC, Almeida LHS. Cárie na Primeira Infância e Qualidade de Vida de Pacientes de Zero a 3 anos. R Uningá 2019; 56(S3):192-201.
Marcenes W, Kassebaum NJ, Bernabé E, Flaxman A, Naghavi M, Lopez A, et al. Global burden of oral conditions in 1990-2010: a systematic analysis. J Dent Res 2013; 92(7):592-97.
Listl S, Galloway J, Mossey PA, Marcenes W. Global economic impact of dental diseases. J Dent Res 2015; 94(10):1355-61.
Tinanoff N, Baez RJ, Guillory CD, Donly KJ, Feldens CA, McGrath C, et al. Early childhood caries epidemiology, aetiology, risk assessment, societal burden, management, education, and policy: global perspective. Int J Paediatr Dent 2019; 29(3):238-48.
Seow WK. Early Childhood caries. Pediat Clin N Ame 2018; 65(5):941-54.
Riggs E, Kilpatrick N, Slack-Smith L, Chadwick B, Yelland J, Muthu MS, et al. Interventions with pregnant women, new mothers and other primary caregivers for preventing early childhood caries. Cochrane Database Syst Rev. 2019; 16;5:CD012155.
Colvara BC, Faustino-Silva DD, Meyer E, Hugo FN, Celeste RK, Hilgert JB. Motivational interviewing for preventing early childhood caries: a systematic review and meta-analysis. Community Dent Oral Epidemiol 2020; 49(1):1-11.
VanBuskirk KA, Wetherell JL. Motivational interviewing with primary care populations: a systematic review and meta-analysis. J Behav Med 2013; 37(4):768-780.
Global programme on evidence for health policy. Geneva: World Health Organization; 2015.
Graham R, Mancher M, Wolman DM, Greenfield S, Steinberg E. Clinical Practice guidelines we can trust: Institute of Medicine (US) Committee on Standards for Developing Trustworthy Clinical Practice Guidelines. Washington (DC): National Academies Press (US); 2011. 95 p.
Brouwers MC, Kerkvliet K, Spithoff K, AGREE Next Steps Consortium. The AGREE reporting checklist: a tool to improve reporting of clinical practice guidelines. BMJ 2016; 352:i1152.
Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev 2016; 5(1):1-10.
Campus G, Condò SG, Renzo GD, Ferro R, Gatto R, Giuca MR, et al. National Italian Guidelines for caries prevention in 0 to 12 years-old children. Eur J Paediatr Dent 2007; 8(3):153-159.
O’Neill C, Connolly E, Crotty A, Crowley E, Downey J, Golden B, et al. Strategies to prevent dental caries in children and adolescents: evidence-based guidance on identifying high caries risk children and developing preventive strategies for high caries risk children in Ireland: Irish Oral Health Services Guideline Initiative 2009; 91 p.
Dental interventions to prevent caries in children: a national clinical guideline. Scottish Intercollegiate Guidelines Network; 2014. ISBN: 9781909103221.
Prevention and Management of Dental Caries in Children: Dental Clinical Guidance. Scottish Dental Clinical Effectiveness Programme; 2018. ISBN: 9781905829323.
Clinical Practice Guideline on Oral Health care for children – prevention and treatment of dental caries. Kennis Instituut Mondzorg KIMO; 2020.
Davidson KW, Barry MJ, Mangione CM, Cabana M, Caughey AB, Davis EM, et al. Screening and interventions to prevent dental caries in children younger than 5 years: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA 2021; 326(21):2172-78.
Lamloum D, Arghittu A, Ferrara P, Castiglia P, Dettori M, Gaeta M, et al. A systematic review of clinical practice guidelines for caries prevention following the AGREE II Checklist. Healthcare 2023; 11(13):1895.
Mubeen S, Patel K, Cunningham Z, O‘Rourke N, Pandis N, Cobourne MT, et al. Assessing the quality of dental clinical practice guidelines. J Dent 2017; 67:102-106.
Brouwers MC, Kerkvliet K, Spithoff K. The AGREE Reporting Checklist: a tool to improve reporting of clinical practice guidelines. BMJ Public Health 2016; 352:1-2.
Alonso-Coello P, Irfan A, Solà I, Gich I, Delgado-Noguera M, Rigau D, et al. The quality of clinical practice guidelines over the last two decades: a systematic review of guideline appraisal studies. BMJ 2010; 19(6):1-7.
Bateman GJ, Saha S. A brief guide to clinical guidelines. Br Dent J 2007; 203(10):581-3.
Wilson A, Hoang H, Bridgman H, Crocombe L, Bettiol S. Clinical practice guidelines and consensus statements for antenatal oral healthcare: an assessment of their methodological quality and content of recommendations. Plos One 2022; 17(2):e0263444.
Tejani T, Mubeen S, Seehra J, Cobourne MT. An exploratory quality assessment of orthodontic clinical guidelines using the AGREE II instrument. Eur J Orthod 2017; 39(6):654-659.
Seiffert A, Zaror C, Atala-Acevedo C, Ormeño A, Martínez-Zapata MJ, Alonso-Coelho P. Dental caries prevention in children and adolescents: a systematic quality assessment of clinical practice guidelines. Clin Oral Investig; 22(9):3129–3141.
Schünemann HJBJ, Brozek J, Guyatt G, Oxman A. Handbook for grading the quality of evidence and the strength of recommendations using the GRADE approach. Grade Handbook 2013.
Villarosa AR, Maneze D, Ramjan LM, Srinivas R, Camilleri M, George A. The effectiveness of guideline implementation strategies in the dental setting: a systematic review. Implement Sci 2019; 14(1):1-16.
Woolf SH, Grol R, Hutchinson A, Eccles M, Grimshaw J. Potential benefits, limitations, and harms of clinical guidelines. BMJ 1999; 318(7182):527-530.
Fervers B, Burgers JS, Haugh MC, Latreille J, Mlika-Cabanne N, Paquet L, et al. Adaptation of clinical guidelines: literature review and proposition for a framework and procedure. Int J Qual Health Care 2006; 18(3):167-176.
Schünemann HJ, Woodhead M, Anzueto A, Buist S, MacNee W, Rabe KF, et al. A vision statement on guideline development for respiratory disease: the example of COPD. Lancet 2009; 373(9665):774-779.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cristiane Berwaldt Gowert, Cristina Helena Morello Sartori, Sarah Arangurem Karam, Françoise Hélène Van de Sande, Anelise Fernandes Montagner

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todos os trabalhos publicados nesta revista adotam uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 (CC BY 4.0), e seu uso deve ser feito sob essas condições de licenciamento. Os autores concedem à revista o direito de primeira publicação e têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial.