Eficácia de agentes químicos na desinfecção de tubetes anestésicos odontológicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2177-0018.97389

Palavras-chave:

Desinfecção, Anestésicos locais, Agentes de controle de microrganismos, Contenção de riscos biológicos, Odontólogos

Resumo

Durante o atendimento odontológico, o paciente pode ser exposto a várias fontes de contaminações, por isso a equipe odontológica deve sempre implementar ações de biossegurança. Materiais não autoclaváveis, como os tubetes anestésicos, necessitam ser desinfetados previamente ao seu uso, pois não são estéreis, podendo transmitir patógenos entre os pacientes. Este estudo objetivou avaliar e comparar a eficácia de três soluções desinfetantes na redução da carga microbiana em tubetes de anestésicos odontológicos. Os tubetes anestésicos (n=31) foram escolhidos aleatoriamente e submetidos a diferentes métodos e agentes desinfetantes (Álcool 70%, Dióxido de Cloro 7%; Cloreto de benzalcônio 5,2% com Polihexametileno biguanida 3,5%). Após a desinfecção por métodos de imersão ou fricção, os tubetes foram semeados em meio de cultura contendo caldo tripticase de soja e incubados (48h/370C). Amostras do meio de cultura líquido foram repicadas e semeadas em ágar tripticase de soja, incubado durante 48h a 370C. O crescimento microbiano foi observado pela presença de unidades formadoras de colônias (UFCs) crescidas no ágar. O estudo concluiu que os produtos Álcool 70% e Cloreto de benzalcônio 5,2% com Polihexametileno biguanida 3,5% demostraram ser mais eficazes na eliminação da carga microbiana dos tubetes pelo método de fricção, e que realmente os tubetes anestésicos tem sua superfície externa contaminada. O estudo comprovou ser o método de fricção do agente desinfetante mais eficaz na redução da carga microbiana comparado a imersão. Dos agentes testados, o Dióxido de Cloro 7% não demonstrou um nível de desinfecção satisfatório.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Jorge AOC. Princípios de biossegurança em odontologia. Rev biociênc. 2002 jan/jun;8(1):7-17.

Engelmann AI, Daí AA, Miura CSN, Bremm LL, Boleta-Ceranto DDCF. Avaliação dos procedimentos realizados por cirurgiões-dentistas da região de Cascavel-PR visando ao controle da biossegurança. Odontol Clín-Cient. 2010 abr/jun;9(2):161-5.

Gonini Júnior A, Gonini CDAJ, Inada DY, Almeida LG. Nível de aplicação de normas básicas para esterilização, desinfecção e paramentação odontológica. UNOPAR Cient, Ciênc Biol Saúde. 2001 out;3(1):61-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de AIDS. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

Basson NJ, Bester L, Van der Bijl P. External bacterial contamination of local anaesthetic cartridges. SADJ. 1999 Jun;54(6):253-6.

Chutter RJ. The Rationale and method for autoclaving anesthetic cartridges for surgical trays. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2008 Jan;105(2):1-4.

Ranjbari M, Yaghmaei M, Hakemi-Vala M, Hosseinpour S. Assessment of bacterial contamination of the external surface of anesthetic cartridges. J Dent Sch. 2015;33(4):277-81.

Lima MB. Métodos de assepsia de tubetes anestésicos utilizados em cirurgia bucal [dissertação]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Odontologia; 2014.

Pauletti JRA, Lauermann FD, Savy GM, Corsetti A, Freddo AL. Efetividade de agentes químicos na desinfecção de tubetes anestésicos. RFO. 2016 jan/abr;22(1):54-7.

Andrade ED. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas; 2014.

Dentsply. Manual de anestesia [Internet]. Dentsply Pharmaceutical; 2015 [acesso 2019 jun 10]. Disponível em: http://www.dentsply.com.br/bulas/diretory/A/manual-anestesia.pdf.

Malamed S. Handbook of local anestesia. 5th ed. St. Louis: Mosby; 2013.

Santos DLS, Vieira SM, Borba MSC. Processo de controle microbiológico de desinfecção de tubetes anestésicos. Revista facid: ciência & vida. 2016 set;12(2):47-55.

Pereira RS, Tipple AFV, Reis C, Cavalcante FO, Belo TKAMC. Microbiological analysis of high-speed handpiece submitted to the decontamination with ethylic alcohol 70%. Robrac. 2008;17:124-32.

O ambiente e a transmissão de infecções[Internet]. 2017. Profilatica: bula do produto Surfic ®. [acesso 2019 sep 20]. Disponível em: https://profilatica.com.br/tag/surfic/.

Dioxide: bula do produto Atomic 70® [Internet].c2020.[acesso 2019 sep 16]. Disponível em: http://dioxide.com.br/atomic70/.

Downloads

Publicado

2020-08-20

Como Citar

Dutra, M. J., Corralo, D. J., Merib, D. D. O., Manica, J. D. O., Quevedo, L. M., Bittencourt, M. E. de, & Zenatti, P. B. (2020). Eficácia de agentes químicos na desinfecção de tubetes anestésicos odontológicos. Revista Da Faculdade De Odontologia De Porto Alegre, 61(1), 27–35. https://doi.org/10.22456/2177-0018.97389

Edição

Seção

Artigos originais