O baldio domesticado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.141887

Palavras-chave:

Baldio [Friche], Paisagem, Jardim em movimento, Plantas vagabundas

Resumo

Resumo: Este artigo apresenta o baldio como conceito em que se parte de paisagens e espaços sem uso. O pensamento é interrogado pelo fato biológico que, por sua vez, desorganiza sistemas do saber, deslocando-o rumo à desordem natural na qual poderes orgânicos dinamizam a vida. Tal movimento se estabelece como método complexo de manipulação da paisagem e do jardim tendo permissividade, manejo de plantas com tendência à vagabundagem e reflexões que extrapolam compreensões ecológicas fechadas como bases para um jardim planetário.

Palavras-chave: Baldio [Friche]. Paisagem. Jardim em movimento. Plantas vagabundas.

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Biografia do Autor

Gilles Clément

Gilles Clément (Argenton-sur-Creuse, França, 1943) é jardineiro, paisagista, biólogo, botânico, entomologista, filósofo e escritor francês. Conhecido por sua reflexão sobre as inter-relações entre humano, elemento vegetal e paisagem a partir do jardim, cunhou conceitos como jardim em movimento, jardim planetário e terceira paisagem, cujo entrecruzamentos estão presentes em diversas publicações desenvolvidas, tais como Le jardin en mouvement (1991), Traité succinct de l’art involontaire (1997), Le jardin planétaire (1999) e Éloge des vagabondes (2002). Entre suas obras célebres em jardinagem e paisagismo se encontra a intervenção ao parque André Citroën em Paris (1992), lecionando desde 1979 na Escola superior da paisagem de Versailles.

Fercho Marquéz-Elul (tradutor), Doutorando bolsista CNPq em Artes Visuais (PPGAV-UFRGS)

Atuando como Fercho Marquéz-Elul, é mestre bolsista CAPES em Poéticas Visuais (2018) pela UFRGS, sob o projeto de pesquisa As extensões da memória: a experiência artística e outros espaços, coordenada pela Prof.ª Dr.ª Maria Ivone dos Santos e licenciado em Artes Visuais pela UEL (2016). Empreende através de objetos tridimensionais, frequentemente em madeira e glicerina, como também em fotografias e outros meios, questões sobre criação e instauração de processos artísticos, espacialidade, territorialidade e morte e processos de moldagem, perpassado também pelo dado da palavra e seus avizinhançamentos com o imaginário, a memória, o silêncio e a mudez, com as interdições e os inacessos do mundo.

Referências

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Tradução: Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Arquivos adicionais

Publicado

2024-12-26

Como Citar

Clément, G., & Marquéz-Elul (tradutor), F. (2024). O baldio domesticado. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais, 28(50). https://doi.org/10.22456/2179-8001.141887