Philippe Starck e a apropriação de conceitos da arte para o design
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.123713Palavras-chave:
Teoria e crítica do design, Filosofia, Ontologia, Arte, EstéticaResumo
O artigo concentra-se na ação de Philippe Starck, enquanto um designer que incorpora, de modo singular, conceitos e elementos da arte em sua prática projetiva. As análises são baseadas nas narrativas e entrevistas de Starck em cotejo com as interpretações de alguns de seus interlocutores (o designer Andrea Branzi, a historiadora do design Judith Carmel-Arthur, a jornalista e crítica de arte Cristina Morozzi e o filósofo Michel Onfray). A partir da identificação de ambiguidades e contradições em seus argumentos, dialogamos com conceitos do históriador do design Rafael Cardoso e dos filósofos Arthur Danto, Vilém Flusser e Virginia Figueiredo, procurando compreender estratégias e intenções, explicitas e implícitas, nos discursos de Starck. O objetivo é avaliar a distância entre essas intenções e suas soluções de projeto, assim como os desdobramentos para o design e as retroalimentações entre esse campo e a arte.
Abstract
The paper focuses on Philippe Starck's action, as a designer who uniquely incorporates concepts and elements of art in his projective practice. The analyzes are based on Starck's narratives and interviews in comparison with the interpretations of some of his interlocutors (designer Andrea Branzi, design historian Judith Carmel-Arthur, journalist and art critic Cristina Morozzi and philosopher Michel Onfray). From the identification of ambiguities and contradictions in his arguments, we dialogue with concepts of the design historian Rafael Cardoso and the philosophers Arthur Danto, Vilém Flusser and Virginia Figueiredo, trying to understand strategies and intentions, explicit and implicit, in Starck's speeches. The objective is to assess the distance between these intentions and their design solutions, as well as the developments for design and the feedbacks between this field and art.
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