O Brasil e a Guerra Das Malvinas – uma análise do processo decisório brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.98423Palavras-chave:
Análise de Política Externa, Guerra das Malvinas, Relações Bilaterais Brasil-Argentina.Resumo
O artigo analisa a formulação da Política Externa Brasileira (PEB) no contexto do conflito da Guerra das Malvinas (1982), tendo como foco principal o entendimento da posição adotada pelos atores mais relevantes no âmbito deste processo. Assim, o presente estudo busca compreender a opção diplomática brasileira pela “neutralidade imperfeita”, bem como identificar e analisar a influência dos diferentes atores envolvidos no processo de formulação e implementação da política exterior relativa ao conflito. Argumenta-se que a atuação do governo brasileiro resultou do contexto histórico nacional e de relacionamento bilateral com a Argentina, pela centralidade do país vizinho para o governo de João Figueiredo (1979-1985) e pelas características institucionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Neste sentido, a identificação da unidade de decisão prevalente, nomeadamente o Ministro das Relações Exteriores do Brasil à época, Ramiro Saraiva Guerreiro, e o Presidente da República, João Figueiredo, na estruturação do posicionamento nacional no que tange à disputa anglo-argentina em análise surge como uma variável importante para a compreensão da postura do país ao longo do trabalho.
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