Transição de poder no Equador

rupturas e continuidades nos governos de Rafael Correa e Lenín Moreno (2007-2021)

Autores/as

  • Mateus Webber Matos Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Eduardo Ernesto Filippi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/2178-8839.133335

Palabras clave:

Rafael Correa; Lenín Moreno; Equador., Tecnopopulismo

Resumen

As eleições de 2017 marcaram o encerramento de dez anos dos governos de Rafael Correa no Equador (2007-2017). Correa decidiu abster-se de uma candidatura. O apoio veio àquele que havia sido seu aliado e vice-presidente (2007-2013), mas que, em poucos meses, se tornaria seu desafeto: Lenín Moreno. Dessa maneira, a pergunta que este trabalho pretende responder é: de que forma a transição de Rafael Correa para Lenín Moreno na presidência do Equador afetou os ambientes político e econômico do país? O objetivo geral é identificar, no mandato de Moreno (2017-2021), avanços e retrocessos em relação às gestões anteriores de Correa no que diz respeito aos campos político e econômico do Equador. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos, caracteriza-se como pesquisa documental e bibliográfica. O marco teórico-conceitual tem como base o “tecnopopulismo”. Os resultados deste estudo indicam que Moreno promoveu medidas que amenizaram o ambiente autocrático criado por Correa, prometendo um projeto econômico alternativo e a revisão de programas de assistência social. Desse modo, Moreno buscou construir projetos que, de alguma maneira, se afastassem de seu antecessor. Ainda que prejudicado por fatores externos, a presidência de Moreno foi marcada pela perda de apoio popular.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Mateus Webber Matos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Política Internacional (PPGEEI/UFRGS)

http://lattes.cnpq.br/5805529532384171

Citas

ACOSTA, A. La maldición de la abundancia. Quito: Abya-Yala, 2009.

ACOSTA, A. De la pandemia sanitaria al pandemonio económico. Ecuador Debate, Quito, n. 109, p. 7-16, 2020.

ARAUJO, R. Discurso político e o socialismo do século XXI na América do Sul. Revista Eletrônica de Humanidades, Macapá, v. 8, n. 1, p. 25-55, 2015.

AROCA, K. Buen Vivir: críticas y balances de un paradigma social en construcción. Diálogo Andino, n. 62, p. 41-51, 2020. DOI: https://doi.org/10.4067/S0719-26812020000200041

ARROBA, E. Ajuste y desbarajuste: la implosión de Alianza País y el recambio político en Ecuador. Ecuador Debate, Quito, n. 101, p. 7-21, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. O que é a Covid-19? Brasília, 8 abr. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus. Acesso em: 25 ago. 2021.

CAAP. Conflictividad socio-política Julio/octubre 2019. Ecuador Debate, Quito, n. 108, p. 23-37, 2019.

CARLOS, P. G. Es preferible un banquero a una dictadura. El Universo, 22 fev. 2017. Disponível em: https://www.eluniverso.com/noticias/2017/02/22/nota/6059647/perez-guartambel-es-preferible-banquero-dictadura/. Acesso em: 9 jun. 2021.

CASTRO, L.; FERNÁNDEZ, J. Un país conectado a un respirador: Ecuador y la crisis provocada por el COVID-19. Ecuador Debate, Quito, n. 110, p. 25-60, 2020.

COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE – CEPAL. Banco de dados, 2021. Disponível em: https://cepalstat-prod.cepal.org/cepalstat/tabulador/ConsultaIntegradaProc_HTML.asp. Acesso em: 25 mar. 2021.

DE LA TORRE, C. El gobierno de Rafael Correa: posneoliberalismo, confrontación con los movimientos sociales y democracia plebiscitaria. Revista Temas y Debates, n. 20, p. 157-172, 2010. DOI: https://doi.org/10.35305/tyd.v0i20.53

DE LA TORRE, C. Technocratic populism in Ecuador. Journal of Democracy, v. 24, n. 3, p. 33-46, 2013. DOI: https://doi.org/10.1353/jod.2013.0047

DE LA TORRE, C. Ecuador after Correa. Journal of Democracy, v. 29, n. 4, p. 77-88, 2018. DOI: https://doi.org/10.1353/jod.2018.0064

DE LA TORRE, C. Rafael Correa’s technopopulism in comparative perspective. In: SÁNCHEZ, F.; PACHANO, S. (eds.). Assessing the left turn in Ecuador. Cham: Palgrave Macmillan, 2020. p. 91-114. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-27625-6_5

ECHEVERRÍA, J. Pandemia y economía en la coyuntura electoral. Ecuador Debate, Quito, n. 110, p. 7-18, 2020.

EQUADOR. Presidente (2007–2017: Rafael Vicente Correa Delgado). Discurso de posesión del Presidente de la República, economista Rafael Correa Delgado en la mitad del mundo. Quito, 15 jan. 2007. Disponível em: https://www.presidencia.gob.ec/wp-content/uploads/downloads/2013/09/2007-01-15-Discurso-Posesi%C3%B3n-Presidencial-Mitad-del-Mundo.pdf. Acesso em: 23 mar. 2021.

EQUADOR. Consejo Nacional Electoral. Elecciones Generales 2021. Quito, (2021). Disponível em: https://app01.cne.gob.ec/Resultados2021. Acesso em: 9 jun. 2021.

JARAMILLO, G. Rafael Correa’s foreign policy paradox: discursive sovereignty, practical dependency. In: SANCHÉZ, F.; PACHANO, S. (eds.). Assessing the left turn in Ecuador. Cham: Palgrave Macmillan, 2020. p. 325-349. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-27625-6_14

JUSTEN, A.; GURGEL, C. Mecanismos institucionais de participação social e barreiras estruturais: o caso do Equador. Germinal: marxismo e educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 3, p. 82-100, 2017. DOI: https://doi.org/10.9771/gmed.v9i3.23008

KNAPP, G.; VÉLEZ, H.; MACLEOD, M. Encyclopedia Britannica, 8 jun. 2021. Disponível em: https://www.britannica.com/ place/Ecuador#/media/1/178721/1295. Acesso em: 16 jul. 2021.

KRUSTIYATI, A. Ecuador’s decision to grant asylum to Julian Assange: the manifestation of human security? Jurnal Hukum Internasional, v. 10, n. 3, p. 217-230, 2013. DOI: https://doi.org/10.17304/ijil.vol10.3.366

LALANDER, R.; PERALTA, P. Movimiento indígena y revolución ciudadana en Ecuador. Custiones Políticas, v. 28, n. 48, p. 13-50, 2012.

¬LARA, F. Parricidas, leales y traidores: la dramática transición ecuatoriana hacia el poscorreísmo. Ecuador Debate, Quito, n. 102, p. 9-26, 2017.

LATINOBARÓMETRO. Informe 2018. Santiago de Chile; 2018. 1-82.

LEVITSKY, S.; ROBERTS, K. Latin America’s “Left Turn”: a framework for analysis. In: LEVITSKY, Steven; ROBERTS, Kenneth (eds.). The resurgence of the Latin American left. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2011. p. 1-28.

MACDONALD, L.; RUCKERT, A. Post-Neoliberalism in the Americas: an introduction. In: MACDONALD, Laura; RUCKERT, Arne (eds.). Post-Neoliberalism in the Americas. London: Palgrave Macmillan, 2009. p. 1-18. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230232822_1

MADRID, R. The emergence of ethno-populism in Latin America. In: DE LA TORRE, C. (ed.). Routledge handbook of global populism. Nova York: Routledge, 2019. p. 163-175. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315226446-13

MALAMUD, A. Fragmentação e divergência na América Latina. Relações Internacionais, n. 24, p. 61-73, 2009.

MATOS, M.; FILIPPI, E. Bolivarianismo e Revolução: o legado de Simón Bolívar nos governos de Rafael Correa no Equador (2007-2017). Carta Internacional, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 1-23, 2022. DOI: https://doi.org/10.21530/ci.v17n2.2022.1239

MELÉNDEZ, C.; MONCAGATTA, P. Ecuador: una década de correísmo. Revista de Ciencia Política, v. 37, n. 2, p. 413-447, 2017. DOI: https://doi.org/10.4067/s0718-090x2017000200413

MELO, M.; BURCKHART, T. A Constituição equatoriana de 2008: uma nova concepção de estado e pluralismo. Trayectorias Humanas Trascontinentales, Limoges, n. 3, p. 7-21, 2018.

MONEDERO, J. Cara a cara con Rafael Correa | Entrevista. 2018. (41m01s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1IcUbvecnbM. Acesso em: 6 mar. 2021.

MORA, E. Resumen de historia del Ecuador. Quito: Corporación Editora Nacional, 2008.

NOGARA, T. et al. Repercussões do desmantelamento da Revolución Ciudadana: as tensões políticas no Equador de Lenín Moreno. Espacio Abierto, v. 29, n. 3, p. 87-102, 2020.

NOVO, C. Discriminación y colonialidad en el Ecuador de Rafael Correa (2007-2017). Revista Alteridades, v. 28, n. 55, p. 49-60, 2018. DOI: https://doi.org/10.24275/uam/izt/dcsh/alteridades/2018v28n55/Martinez

OLIVARES, A.; MEDINA, P. La persistente debilidad institucional de Ecuador: protestas, elecciones y divisiones políticas durante el 2019. Revista de Ciencia Política, v. 40, n. 2, p. 315-349, 2020. DOI: https://doi.org/10.4067/S0718-090X2020005000110

O’NEIL, S. Latin America’s populist hangover: what to do when the people’s party ends. Foreign Affairs, 2016. Disponível em: https://www.foreignaffairs.com/articles/ americas/2016-09-27/latin-america-s-populist-hangover. Acesso em: 20 fev. 2021.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Assembleia Geral. Resolução nº 66/290, de 10 de setembro de 2012. Dispõe sobre o conceito de Segurança Humana. Nova Iorque. 2012. Disponível em: https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N11/476/22/PDF/N1147622.pdf?OpenElement. Acesso em: 7 mai. 2021.

QUÍCHUA. Dicionário online Michaelis, 25 ago. 2021. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=qu%C3%ADchua. Acesso em 25 ago. 2021.

RIBEIRO, D. América Latina: a pátria grande. 3. ed. São Paulo: Global Editora, 2017.

RIVERA, I.; REGUERO, S.; ROBALINO, D. ¿Acción política populista en movimiento? Las demandas sociales de la CONAIE y las feministas en Ecuador (2007–2019). Análisis Político, Bogotá, n. 98, p. 85-106, 2020. DOI: https://doi.org/10.15446/anpol.v33n98.89411

SANCHEZ-SIBONY, O. Classifying Ecuador’s regime under Correa: a procedural approach. Journal of Politics in Latin America, v. 9, n. 3, p. 121-140, 2017. DOI: https://doi.org/10.1177/1866802X1700900305

SÁNCHEZ, F.; PACHANO, S. Introduction. In: SÁNCHEZ, F.; PACHANO, S. (eds.). Assessing the left turn in Ecuador. Cham: Palgrave Macmillan, 2020. p. 1-13. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-27625-6_1

TORRES, E. Dolarização e crise no Equador a partir da hierarquia monetária Minskyana. OIKOS, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 24-40, 2019.

UM terço dos 2,7 milhões de moradores de Guayaquil, no Equador, contraiu a Covid-19. G1, 8 mai. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/05/08/um-terco-dos-27-milhoes-de-moradores-de-guayaquil-no-equador-contraiu-a-covid-19.ghtml. Acesso em: 7 jun. 2021.

VANHULST, J.; BELING, A. El Buen Vivir: una utopía latino-americana en el campo discursivo global de la sustentabilidad. Revista Polis, v. 12, n. 36, p. 497-522, 2013. DOI: https://doi.org/10.4067/S0718-65682013000300022

WILHELMI, M. Possibilidades e limites do constitucionalismo pluralista: direitos e sujeitos na Constituição equatoriana de 2008. In: VERDUM, R. (org.). Povos Indígenas: constituições e reformas políticas na América Latina. Brasília: Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC, 2009, p. 134-150.

WOLFF, J. Ecuador after Correa: the struggle over the “Citizens’ Revolution”s. Revista de Ciência Política, v. 38, n. 2, p. 281-302, 2018. DOI: https://doi.org/10.4067/s0718-090x2018000200281

Publicado

2024-01-31

Cómo citar

Matos, M. W., & Filippi, E. E. (2024). Transição de poder no Equador: rupturas e continuidades nos governos de Rafael Correa e Lenín Moreno (2007-2021). Conjuntura Austral, 15(69), 64–78. https://doi.org/10.22456/2178-8839.133335

Número

Sección

INVESTIGACIÓN