COLÔNIAS DE POVOAMENTO VERSUS COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO: DE HEEREN A ACEMOGLU

Autores

  • Leonardo Monasterio Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA Programa de Mestrado e Doutorado em Economia- UCB http://orcid.org/0000-0001-6692-3236
  • Philipp Ehrl

DOI:

https://doi.org/10.22456/2176-5456.71287

Palavras-chave:

Colonização, Colônia de povoamento, Colônia de exploração

Resumo

Este trabalho apresenta a evolução da tese de que o tipo de colonização inicial determina, ou condiciona, o futuro das sociedades. Smith (1776) já apresentava essa proposição e uma tipologia das colônias. Contudo, foram os autores alemães Heeren (1817) e Roscher (1856) os responsáveis pelo desenvolvimento da tese. Esses historiadores influenciaram o economista Leroy-Beaulieu (1902). E foi a partir desse economista francês que Caio Prado Júnior se baseou para aplicar a tese “colônia de povoamento versus colônia de exploração” ao caso brasileiro. Já nos Estados Unidos, a ideia ressurge nas obras de North (1955, 1959) e de Baldwin (1956). Mais recentemente, os historiadores econômicos Engerman e Sokoloff (1997) aprofundaram a questão, sem fazer referência aos autores europeus. Finalmente, Acemoglu, Johnson e Robinson (2001, 2002) levaram a tese para um público acadêmico mais amplo e apresentaram evidências econométricas. O trabalho conclui que o sucesso acadêmico da tese em questão decorre de sua flexibilidade. Os analistas favoráveis à economia de mercado podem atribuir o desenvolvimento econômico à qualidade institucional associada às colônias de povoamento. Já os mais críticos enfatizam o caráter espoliador das colônias de exploração.

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Publicado

2019-04-01

Como Citar

Monasterio, L., & Ehrl, P. (2019). COLÔNIAS DE POVOAMENTO VERSUS COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO: DE HEEREN A ACEMOGLU. Análise Econômica, 37(72). https://doi.org/10.22456/2176-5456.71287

Edição

Seção

Artigos