O desenvolvimento da marca de um país: é possível estimular o reconhecimento internacional de um Brasil tecnológico e inovador?
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.111411Palavras-chave:
Diplomacia pública, Marca-país, Promoção tecnológica,Resumo
Este artigo analisa as razões de esforços empreendidos para promover a narrativa de um Brasil tecnológico e inovador no exterior. A premissa é de que países investem em iniciativas de diplomacia pública e marketing a fim de melhorar a inserção internacional de produtos, serviços ou processos tecnológicos, bem como a atração de investimentos e mão de obra qualificada estrangeiros. O propósito da pesquisa é o de identificar limitações e fortalezas da diplomacia pública brasileira para se alcançar o desenvolvimento da marca-país no setor de tecnologia. Trata-se de pesquisa exploratória, que recorre à análise de bibliografia especializada e de estratégias adotadas por cinco países (Estônia, Índia, Suécia, Suíça e Reino Unido), para fins ilustrativos, com vistas à compreensão do problema. Concluiu-se que para que se atinja esse objetivo a atuação da Chancelaria não é suficiente. Todos os órgãos do governo, em níveis federal, estadual e municipal e, de preferência, também do empresariado e da sociedade civil deveriam estar envolvidos. Este trabalho sugere que o SICOM concentre o processo decisório da formulação e implementação da política da marca-Brasil, inclusive do componente tecnológico.
Downloads
Referências
AMARAL, Sergio. Uma política externa para o Século XXI. Política Externa. Vol.15 no 2 set/out/nov 2006. P.7-20.
ANDREUCCI CURY, M. C. Marca-País como Entidade Semiótica: A construção simbólica da Marca Brasil. Tese de Doutoramento. Universidade de São Paulo, 2015.
ANHOLT, S. Brand New Justice: how branding places and products can help the developing world. Elsevier Butterworth-Heinemann : Oxford. 2005.
ANHOLT, S. Public diplomacy and place branding: Where’s the link? Vol. 2, 4, 271–275 Place Branding, 2006.
ANHOLT, S. Competitive Identity: the new brand management for nations, cities and regions. Palgrave Macmillan : New York. 2007.
BRASIL. Programa de Diplomacia da Inovação. MRE. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/ciencia-tecnologia-e-inovacao/124-programa-de-diplomacia-da-inovacao > Acesso em: 27 nov. 2019.
______. Lei nº 14.074, de 14 de outubro de 2020. Altera a Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019, para criar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Ministério das Comunicações.
______. Decreto nº 10.534, de 28 de outubro de 2020. Institui a Política Nacional de Inovação e dispõe sobre a sua governança.
______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: <https://goo.gl/FzXHXP>. Acesso em: 4/05/2020.
CARAYANNIS, E. G.; CAMPBELL, D.F.J. ‘Mode 3’ and ‘Quadruple Helix’: toward a 21st
century fractal innovation ecosystem. International Journal of Technology Management, v. 46, nº. 3-4, p. 201-234, 2009.
ESTONIA. e-Estonia guide. Disponível em: <https://e-estonia.com/wp-content/uploads/eestonia-vihik-a5-200303.pdf>. Acesso em: 26/06/2020.
GILBOA, E. Diplomacy in the media age: Three models of uses and effects. Diplomacy & Statecraft, v. 12, n. 2, 2001, p. 1-28. Disponível em: <http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/09592290108406201>. Acesso em: 05/07/2020.
_______. Searching for a Theory of Public Diplomacy. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 616, 2008.
_______. Digital Diplomacy. In Constantinou, C.; Kerr P.; Sharp, P., The Sage Handbook of Diplomacy. Thousand Oaks, CA: Sage, pp. 540–551, 2016.
INDIA. Digital India Programme. Department of Electronics & Information Technology. Disponível em: <http://www.digitalindia.gov.in/>. Acesso em: 12/07/2020.
KEDAR, M. S. Digital India New way of Innovating India Digitally. International Research Journal of Multidisciplinary Studies, 1(4), 2015.
LAFER, C. Novas variações sobre a política externa. O Estado de São Paulo, Espaço Aberto, p. A2, 15/12/2007.
LEE, K. Nation Branding and Sustainable Competitiveness of Nations. Dissertation. University of Twente, 2009.
LEONARD, M. Public Diplomacy. London : The Foreign Policy Centre, 2002.
MELISSEN, J. Wielding Soft Power: the New Public Diplomacy. The Hage, Netherlands Institute of International Relations Clingendael. Clingendael Diplomacy Paper nº 2, 2005.
NYE, J. Public Diplomacy and Soft Power. Annals, AAPSS, 616, March 2008.
PAPP-VÁRY, Á.F. A Successful Example of Complex Country Branding: The ‘E-Estonia’ Positioning Concept and Its Relation to the Presidency of the Council of the EU. Acta Univ. Sapientiae, European and Regional Studies, 14, 87–115, 2018.
REINO UNIDO. Great Britain Campaign. Disponível em: <https://www.greatbritaincampaign.com/>. Acesso em: 27/06/2020.
SCHLEGEL, F. Swiss Science Diplomacy. Science and Diplomacy, 2014. Diplofoundation. Disponível em: http://www.sciencediplomacy.org/perspective/2014/swiss-science-diplomacy. Acesso em: 06/04/20.
SILVA, P.I.F. Fundamentos teóricos e práticos da Diplomacia da Inovação. In: Caderno de Política Exterior, Ano IV, Número 7, Primeiro Semestre de 2018.
SZONDI, G. Public Diplomacy and Nation Branding: Conceptual Similarities and Differences. Discussion Papers in Diplomacy. Netherlands Institute of International Relations ‘Clingendael’, Antwerp, 2008.
SUÉCIA. Strategy for the Promotion of Sweden 2.0. Swedish Institute/Ministry for foreign affairs, 2017. Disponível em: < https://sharingsweden.se/ >. Acesso em: 9/06/20.
SUÍÇA. Strategy for Communication Abroad 2016–2019. Disponível em: <https://www.eda.admin.ch/dam/eda/en/documents/das-eda/landeskommunikation/strategie-landeskommunikation-2016-2019_EN.pdf>. Acesso em: 27/06/2020.
______. Switzerland seen from abroad in 2019. Disponível em: <https://www.eda.admin.ch/dam/eda/en/documents/das-eda/landeskommunikation/PRS_2019_analyse_EN.pdf >. Acesso em: 27/06/2020.
VILLANOVA, C. L.D. Diplomacia pública e imagem do Brasil no século XXI. Brasília : FUNAG, 2017.
WANG, J. Managing national reputation and international relations in the global era: Public diplomacy revisited. Public Relations Review 32 (2): 91-96, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0, que permite seu uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, bem como sua transformação e criações a partir dele, desde que o(a) autor(a) e a fonte originais sejam creditados. Ainda, o material não pode ser usado para fins comerciais, e no caso de ser transformado, ou servir de base para outras criações, estas devem ser distribuídas sob a mesma licença que o original.
b. Autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores(as) têm permissão para publicar, nos repositórios considerados pela Conjuntura Austral, a versão preprint dos manuscritos submetidos à revista a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores(as) têm permissão e são incentivados(as) a publicar e distribuir online (em repositórios institucionais e/ou temáticos, em suas páginas pessoais, em redes ou mídias sociais, etc.) a versão posprint dos manuscritos (aceitos e publicados), sem qualquer período de embargo.
e. A Conjuntura Austral: journal of the Global South, imbuída do espírito de garantir a proteção da produção acadêmica e científica regional em Acesso Aberto, é signatária da Declaração do México sobre o uso da licença Creative Commons BY-NC-SA para garantir a proteção da produção acadêmica e científica em acesso aberto.