Herbivoria e características foliares em seis espécies de plantas da Caatinga do nordeste brasileiro

Autores

  • Ana Carla Pereira Dourado Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Raymundo José de Sa-Neto Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Simone Andrade Gualberto Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Michele Martins Corrêa Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Palavras-chave:

Interação planta-animal, defesas de plantas, defesa mecânica, defesa química, floresta seca

Resumo

Neste estudo, nós avaliamos a intensidade de herbivoria nas espécies Handroanthus spongiosus, Tabebuia roseoalba, Dalbergia cearensis, Pterocarpus ternatus, Eugenia pistaciifolia e Eugenia rigida em áreas de Caatinga no sudoeste da Bahia, nordeste brasileiro. Adicionalmente, nós identificamos características foliares das seis espécies que podem ser utilizadas como defesa contra herbívoros, como a presença de compostos secundários (presença e ausência de alcaloides, saponinas e flavonoides), defesas físicas (dureza foliar, presença e ausência de tricomas e espinhos) e o padrão de longevidade foliar. A herbivoria foi avaliada de janeiro a maio de 2013 em folhas de 20 indivíduos de cada espécie com o uso do índice de Dirzo & Dominguez. Todos os indivíduos também foram acompanhados durante 12 meses para a identificação da longevidade foliar, sendo as espécies posteriormente classificadas como decíduas ou perenes. Houve diferença entre a intensidade de herbivoria e dureza foliar entre as espécies. A intensidade de herbivoria foi maior em P. ternatus. Eugenia pistaciifolia e E. rigida apresentaram os maiores valores de dureza foliar e os menores de intensidade de herbivoria. As espécies de Eugenia foram classificadas como perenes, enquanto as demais espécies foram classificadas como decíduas. A análise de compostos secundários detectou a presença de alcaloides e saponinas em todas as espécies estudadas. Nossos resultados indicam que a presença de defesas mecânicas parece ser mais efetiva contra herbivoria do que a de defesas químicas, e que a intensidade de herbivoria em espécies decíduas é semelhante ao descrito para outras florestas secas no mundo.

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Biografia do Autor

Ana Carla Pereira Dourado, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais, Centro de Ensino Pesquisa e Extensão Socioambiental, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, BR 415, km 03, s/n, 45700-000, Itapetinga, Brasil.

Raymundo José de Sa-Neto, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Laboratório de Biodiversidade do Semiárido, Departamento de Ciências Naturais, UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, 45083-900, s/n, Vitória da Conquista, Brasil.

Simone Andrade Gualberto, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Laboratório de Produtos Naturais-LAPRON, Departamento de Ciências Exatas e Naturais, UESB, BR 415, km 03, s/n, 45700-000, Itapetinga, Brasil.

Michele Martins Corrêa, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Laboratório de Biodiversidade do Semiárido, Departamento de Ciências Naturais, UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, 45083-900, s/n, Vitória da Conquista, Brasil.

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Publicado

2016-09-27

Como Citar

Dourado, A. C. P., Sa-Neto, R. J. de, Gualberto, S. A., & Corrêa, M. M. (2016). Herbivoria e características foliares em seis espécies de plantas da Caatinga do nordeste brasileiro. Revista Brasileira De Biociências, 14(3). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/rbrasbioci/article/view/114671

Edição

Seção

Artigos