
O erotismo, de Georges Bataille a Francisco Brennand, foi assimilado ao processo da reprodução em discursos que inconscientemente, ou não, garantiram à mulher uma função canônica em todas as sociedades. A mulher, tanto na filosofia de Bataille quanto nas pinturas de Brennand, são celebradas por sua função reprodutora e, com isso, essencialmente eróticas. Neste trabalho discutiremos a construção desse discurso e suas implicações, demonstrando como o conceito de violência e erotismo estabelece dependência entre si no pensamento desses dois homens. Com isso, procuramos contribuir para o debate sobre gênero, sexo e sexualidades, aliando aos estudos da área da cultura visual à filosofia.
Palavras-chave: Erotismo. Arte. Filosofia. Gênero. Sexualidade.