COMPREENSÃO SOBRE A ARQUITETÔNICA EM BAKHTIN: FONTES KANTIANAS

Autores

  • Maria Inês Batista Campos Universidade de São Paulo Bolsista de Pós-Doutorado FAPESP

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.56901

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender a concepção da arquitetônica de Mikhail Bakhtin e como ele vai estabelecendo relações, discussões e refutações com o conceito exposto por I. Kant em Crítica da razão pura. Os escritos do jovem Bakhtin no início da década de 1920 já atestavam uma investigação dedicada à arquitetônica do mundo real e cotidiano, não teorizado, mas “vivenciado” pela ótica do eu-para-mim, do outro-para-mim e do eu-para-outro. Embora esse importante conceito filosófico não tenha se realizado por completo pelo autor russo, ele está presente na sua concepção de linguagem que considera a relação intersubjetiva entre o eu e o outro, uma vez que as palavras enunciadas respondem a palavras de outros, provocando novas réplicas a diferentes interlocutores. Desse modo, a arquitetônica das relações dialógicas compreende a ética e também uma visão estética que se fundamenta no excedente de visão que o outro tem de mim. Nesse conceito, as premissas estão dialogicamente constituídas e podem ser uma boa chave teórico-metodológica que nos permite encaminhar a leituras de textos verbais e verbo-visuais. 

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Publicado

2015-11-19

Como Citar

CAMPOS, M. I. B. COMPREENSÃO SOBRE A ARQUITETÔNICA EM BAKHTIN: FONTES KANTIANAS. Organon, Porto Alegre, v. 30, n. 59, 2015. DOI: 10.22456/2238-8915.56901. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/56901. Acesso em: 28 abr. 2025.