“Deixe-me entrar”, “deixe-me sair”: uma janela entre O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë e Vulgo Grace, de Margaret Atwood

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.106400

Resumo

Este artigo propõe uma aproximação entre duas obras que podem ser alocadas dentro da tradição literária gótica: O morro dos ventos uivantes (1847), da autora inglesa Emily Brontë e Vulgo Grace (1996), da autora canadense Margaret Atwood. A partir da identificação de um diálogo intertextual, discute-se a presença da metáfora da janela em ambas as obras, compreendida como espécie de tópica literária que representa o caráter limiar das personagens, esmagadas por uma série de interditos. A janela também pode figurar como possibilidade de fuga, por vezes, concretizada apenas com o auxílio do sobrenatural. Argumenta-se que a presença dessa metáfora em romances de épocas distintas sugere tanto o necessário e produtivo processo de apropriação da herança literária, quanto a permanência de medos e tiranias do passado no presente, fazendo com que a narrativa gótica possa ser vista como espaço de resistência para mulheres.

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Biografia do Autor

Natália Gonçalves de Souza Santos, Universidade Federal de Viçosa

Professora do Departamento de Letras Da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestra e Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP.

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Publicado

2021-03-03

Como Citar

GONÇALVES DE SOUZA SANTOS, N. “Deixe-me entrar”, “deixe-me sair”: uma janela entre O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë e Vulgo Grace, de Margaret Atwood. Organon, Porto Alegre, v. 35, n. 69, p. 1–16, 2021. DOI: 10.22456/2238-8915.106400. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/106400. Acesso em: 29 abr. 2025.