MACUNÁIMA E O TRADUTOR INVISÍVEL

Autores

  • Marcia Moura da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Macunaíma ocupa lugar de destaque no cânone literário brasileiro, ainda que seu lançamento em 1928 tenha sido conturbado, e seu criador acusado de ter plagiado o trabalho do etnógrafo alemão Koch-Grünberg, que registrou as histórias contadas  por dois indígenas pemon.  Em vez de rebater às críticas, Mário de Andrade declara “copiei, sim”. O escritor modernista transporta o herói e seus irmãos da floresta para a cidade de São Paulo, reproduzindo a narrativa indígena e criando outras novas. Com base nos tipos de tradução apresentados por Torop (2010) e no conceito de invisibilidade do tradutor de Venuti (2008),  proponho questionarmos se a obra marioandradina não seria uma tradução e se Mário de Andrade não ocuparia a dupla função de autor e tradutor da rapsódia.

Palavras-chave: Macunaíma; Estudos da Tradução; Tipos de Tradução; Invisibilidade do Tradutor.

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Biografia do Autor

Marcia Moura da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Com Mestrado e Doutorado em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atualmente é Professora Adjunta no Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e vice-coordenadora do Núcleo de Estudos da Tradução Olga Fedossejeva (NET) na mesma instituição.

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Publicado

2023-08-03

Edição

Seção

Artigos