SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v2i1.88889Resumo
Em algum momento de desespero na vida, todos já flertaram com o suicídio. O suicídio é um ato consciente visto como única solução para resolver uma dor psicológica insuportável (RIBEIRO et al., 2018). Durante a história da humanidade existem registros sobre o comportamento suicida. No antigo Egito foi escrito o poema Diálogo de um desesperado com sua alma (MARCUS, 2014). Na Grécia antiga existiam relatos sobre suicídio, já para o cristianismo era considerado um ato injusto (KOHLRAUSCH, 2012). Essa autora, complementa que na idade média os suicidas eram arrastados pelas cidades e enterrados em território não santo. Nesse mesmo estudo, refere como comportamento suicida os pensamentos e os atos que assinalam a ideação, risco, planejamento e a tentativa de suicídio. A adolescência é um momento de muitas transformações psicológicas e biológicas que podem gerar sofrimentos (BATISTA; MARANHÃO; OLIVEIRA, 2018). Para o adolescente cada problema sem solução gera um grande sofrimento, aproximando ele do comportamento suicida. O comportamento suicida no adolescente é determinado na maioria das vezes pelas condições de vulnerabilidades sociais, individuais ou programáticas (ALVES; CADETE, 2015). Diante o exposto sobre suicídio e a relação com adolescência torna-se importante discutir o tema com pessoas envolvidas no cuidado e educação dessa faixa etária. O presente trabalho tem por objetivo relatar a palestra Suicídio na Adolescência. No dia 30 de agosto de 2018, foi realizada a palestra Suicídio na Adolescência evento organizado pelas professoras das turmas de Psicologia Educação: Adolescente da Faculdade de Educação UFRGS. Estiveram presentes as regentes envolvidas e oitenta alunos de diferentes licenciaturas da universidade, além de pessoas de outras instituições. Para a construção da atividade realizou-se uma revisão da literatura sobre o assunto. A metodologia de ensino aplicada foi a tradicional. Essa consiste no ensino centrado no professor, numa relação vertical com exposição de conhecimentos (ROZEMBERG, 2018). Entretanto, mesmo com as limitações metodológicas existentes para a atividade, foram realizados momentos de problematização com o grupo, de modo que os participantes pudessem se manifestar e assim construir conceitos de atuação sobre como executar a prevenção ao comportamento suicida e como agir na identificação de um adolescente com risco de suicídio. Apesar dos obstáculos metodológicos que atividade apresentou conseguisse falar e desmistificar alguns pontos importantes sobre o tema suicídio na adolescência. Além disso, foi possível mostrar ao grupo outras rotas para prevenir o suicídio e assim valorizar a vida.
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Referências
ALVES, M. A. G.; CADETE, M. M. M. Tentativa de suicídio infanto-juvenil: lesão da parte ou do todo? Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 75-84, 2015.
BATISTA, M. D.; MARANHÃO, T. L. G.; OLIVEIRA, G. F. Suicídio em jovens e adolescentes: uma revisão acerca do comportamento suicida, sua principal causa e formas de prevenção. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, Juazeiro do Norte, v. 12, n. 40, p.705-719, 2018.
KOHLRAUSCH, E. R. Avaliação das ações de saúde mental relacionadas com o comportamento suicida na estratégia de saúde da família. 2012. 207 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
MARCUS, C. Egito-Literatura Egípcia: o diálogo de um desesperado com sua alma, 2014.
RIBEIRO, N. M. et al. Análise da tendência temporal do suicídio e de sistemas de informações em saúde em relação às tentativas de suicídio. Texto & contexto enferm., Florianópolis, v. 27, n. 2, p. e2110016, 2018.
ROZEMBERG, E. Qual o melhor método de ensino para os professores apostarem? Disponível em: <https://www.somospar.com.br/qual-o-melhor-metodo-de-ensino/>. Acesso em: 17 ago. 2018.
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