PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E RISCO FAMILIAR EM ADULTOS EM ACOMPANHAMENTO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v8i2.141371Palavras-chave:
Depressão, Estado Nutricional, Vulnerabilidade Social, Saúde Mental, Atenção Primária à SaúdeResumo
Objetivo: Estimar a prevalência de sintomas depressivos e risco familiar em Unidade de Saúde (US) do sul do Brasil, identificando fatores associados aos desfechos de interesse. Metodologia: Estudo transversal realizado com adultos em acompanhamento na US Conceição em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 2020. A coleta de dados envolveu a aplicação de questionário sociodemográfico, aferição de medidas antropométricas, avaliação de sintomas depressivos pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Risco Familiar (ERF). A comparação das médias dos escores do BDI e ERF em relação às demais variáveis foi realizada pelo teste t de Student ou ANOVA e a Regressão de Poisson foi utilizada para análises multivariadas. Resultados: Foram incluídos 98 participantes com média (± desvio-padrão) de idade de 42,8 ± 11,9 anos, predominantemente do sexo feminino (83,7%) e de raça/cor branca (84,7%). A prevalência de sintomas depressivos clinicamente relevantes na amostra foi de 55,1% e 31,6% dos participantes apresentaram algum grau de risco familiar. Participantes com histórico familiar de depressão apresentaram maior média (± desvio-padrão) no escore BDI em comparação ao grupo sem histórico familiar de depressão (18,5 ± 9,1 vs 9,2 ± 8,4; p ≤ 0,001). Na análise multivariada, a prevalência de depressão foi 1,55 vezes maior em indivíduos com histórico familiar de depressão em relação aos participantes sem histórico familiar de depressão (IC95%, 1,27 - 1,91; p ≤ 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias da ERF das variáveis sociodemográficas avaliadas e entre as médias das medidas antropométricas dos grupos com e sem sintomas depressivos. Conclusão: A alta prevalência de sintomas depressivos na população estudada e sua forte associação com histórico familiar sugerem que a investigação rotineira do histórico familiar possa ser uma medida simples e eficiente para a identificação de indivíduos com risco de depressão no contexto da Atenção Primária à Saúde.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).