Graduada com láurea acadêmica no curso de Artes Visuais Licenciatura pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - Departamento de Teoria e Prática da Educação. Membro do DOBRA - grupo de pesquisa em arte, subjetividade, educação e diferença.
Artista, pesquisadora e psicóloga com doutorado em psicologia com ênfase em arte, gênero e produção de subjetividade pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Assis. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (2005), especialização em Saúde Mental e mestrado em História da Educação pela mesma instituição. Líder do DOBRA - grupo de pesquisa em arte, subjetividade, educação e diferença. Professora do curso de artes visuais da Universidade Estadual de Maringá. Com trabalhos em fotografia, vídeos, instalações e objetos, a artista tem explorado temas como o corpo, o tempo, a memória, o vazio e o transbordamento subjetivo. Possui experiência na área de psicologia, arte contemporânea e gênero, com ênfase em processos de subjetivação na contemporaneidade e políticas inventivas da vida.
Este artigo tem como objetivo pensar as figurações feministas e o devir-mulher a partir da arte para refletir sobre subjetividades inventivas. Em seu conteúdo, aborda-se o contexto do lugar da mulher na arte, desde o apagamento das mulheres até a reapropriação desse espaço pelos movimentos feministas. Para refletir sobre a arte, são apresentados os conceitos de devir e de figuração, bem como artistas que dialogam com esses conceitos. Sob o aporte teórico feminista, o trabalho aponta a arte como um meio de resistência na produção de novas narrativas pelas figurações, além de um estado de devir como resistência, desconstrução e reconstrução, e um modo de viver mais libertário por parte das mulheres.
Palavras-chave: Estética feminista. Arte. Devir-mulher. Subjetivação.
Abstract
This article aims to think over the feminist figurations and the becoming-woman through art, in order to reflect on inventive subjectivities. In its content, women's place in art's context is addressed, from their erasure until their reappropriation by feminist movements. The concepts of becoming and figurations are presented to think over art, as well as artists that dialogue with those concepts. Under the feminist theoretical contribution, the present work features art as a way of resistance in the production of new narratives through figurations, while also recognizing the state of becoming as a means of resistance, a deconstruction and reconstruction process, and ultimately a more liberating way of life by women.
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