Graduado em Letras - Língua Portuguesa pela UFPA. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA), bolsista CAPES, sob a orientação da Profa. Dra. Gilcilene Dias da Costa. Integrante do Grupo de Pesquisa ANARKHOS – Micropolíticas, Arte-Performance e Experimentações Literárias na Educação (CNPq/UFPA) E-mail: filocreaoademilson@gmail.com
Doutora e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/ UFRGS). Docente Associado II da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Faculdade de Linguagem. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA). Docente permanente do Programa de Pós-graduação de Doutorado em Educação em Rede da Amazônia (PGEDA). Líder do Grupo de Pesquisa ANARKHOS – Micropolíticas, Arte-Performance e Experimentações Literárias na Educação (CNPq/UFPA).
O presente artigo, intenta, por meio das obras de Virgínia Woolf e Clarice Lispector, a saber, respectivamente, Orlando e A hora da estrela, traçar movimentos de um devir-escrita na educação, através das suscitações poéticas presentes em tais obras. Esses devires percorrem por uma transescrita que busca criar intercessões e dissoluções entre as autoras, a fim de que, no colidir de suas linguagens, possa-se pensar em uma educação volvida por transcriações da Diferença, criando linhas de fuga pelo meio de uma transescrita da educação. Para tanto, alguns autores intercedem nesse percurso, como Deleuze e Guattari (1995), Tadeu, Corazza e Zordan (2004; 2014). Propomos instigações ao pensamento educacional por meio das literaturas Claricianas e Woolfianas, ao encontro de potências e multiplicidades outras.
Literaturhinweise
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