Isto é uma análise do filme Memórias de um Assassino, de Bong Joon-ho, e seus aspectos relevantes filosoficamente. A narrativa parece articular, através de seus personagens, eventos e construções imagéticas em geral, diferentes e entrelaçadas investigações que dizem respeito não só ao mistério da trama, mas à epistemologia e às pretensões humanas de certeza. Tais questões não são meramente expostas, mas engajadas pelo filme, que parece nos oferecer uma espécie de conclusão em seu inconclusivo clímax. O teor aporético da película permite uma rica interpretação da mesma a partir de perspectivas do ceticismo filosófico, e é isso que é feito neste ensaio, principalmente, comparando abordagens modernas e antigas.
Referências
CONANT, James. Varieties of scepticism. In: MCMANUS, Denis (Org.). Wittgenstein and Scepticism. Abingdon: Routledge, 2004. p. 97-136.
CONANT, James. The Ontology of the Cinematographic Image. University of Chicago. Ainda não publicado.
BONG, Joon-ho. Memórias de um Assassino. Seul: CJ Entertainment e Sidus Pictures, 2003. 131 minutos.
MATES, Benson; SEXTO EMPÍRICO. The Skeptic Way: Sextus Empiricus’ Outlines of Pyrrhonism. New York: Oxford University Press, 1996.
FARIA, Paulo. A encenação. Sképsis, 2007, Ano I, nº 2, p. 99-130.
EVERY FRAME A PAINTING. Memories of Murder (2003) - Ensemble Staging. Youtube. Disponível em < https://youtu.be/v4seDVfgwOg> . Acesso em: 16 de out. 2020. 17:44.