
Este artigo tem por objetivo realizar uma leitura do livro Infância, de Graciliano Ramos, a partir de conceitos cunhados pelo filósofo Gilles Deleuze. Desse modo, será discutida a escrita memorialista de Graciliano em confluência com a concepção deleuziana de impessoalidade na literatura, culminando na hipótese de que o escritor realiza em Infância, por meio de sua divisão entre menino-protagonista e adulto-narrador, aquilo que Deleuze chama de devir-criança.
Palavras-chave: Graciliano Ramos. Gilles Deleuze. Memória. Devir.