
A proposta do artigo consiste em uma articulação entre o pensamento filosófico de Friedrich Nietzsche e a teoria psicanalítica de Sigmund Freud, a fim de responder à questão por nós colocada, a saber: é possível considerar Freud um trágico? Em nossa investigação, partimos da teoria trágica nietzschiana e buscamos aspectos dessa mesma perspectiva nas obras de Freud. Retomamos a compreensão grega clássica de “trágico”, utilizada pelos autores, como meio de viabilizarmos uma interpretação distinta sobre a civilização em cada teoria. Por fim, privilegiamos a pulsão apolínea como meio para pensar o impulso criativo e aproximamos a abordagem aos processos terapêuticos freudianos.