
o pensamento moderno, a despeito de todas as suas variações, foi iconoclasta na medida em que buscou atacar valores pré-modernos. Porém os valores vão se tornando consolidados e também vão sendo atacados. Assim, a novidade é mantida às custas de violência com formas simbólicas. Nesse sentido, a destruição chama a atenção do moderno e atiça sua curiosidade, algo que Calvino chama de peso, que tem seu lugar no interior da arte. Pode a literatura, repositória do conhecimento letrado, uma das bases da própria modernidade, ser ela mesmo uma iconoclasta? A pintura, como são seus pesos? Nas palavras de Dickens, vemos serem defendidos dois pesos e duas medidas.