
O propósito deste artigo é a exposição de momentos chave da crítica schellingiana à filosofia idealista como forma de compreender o estatuto da filosofia positiva buscada por Schelling em sua obra madura. A crítica de Schelling, dirigida aos resultados negativos da filosofia formal de seus contemporâneos, é contraposta à busca pela positividade na natureza, na mitologia, na história, na religião, em vista da “natureza extralógica da existência”, que se rebela contra a conformação da totalidade do que pode ser conhecido a uma ordem necessária. Embora o projeto da filosofia positiva seja elaborado a partir da década de 1820, já em suas primeiras obras encontramos elementos de sua crítica à pretensão de subsumir em um sistema filosófico a totalidade da realidade.
Palavras-chave: Schelling. Idealismo alemão. Filosofia positiva. Sistema da filosofia.