SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL COMO PROCESSO LUGARIZANTE EM ALVORADA (RS)
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-0003.134322Resumo
Resumo:
Os fluxos e usos que imprimimos na cidade transformam, ressignificam e possibilitam um novo olhar, ao longo do tempo, das rupturas e descontinuidades socioespaciais. Esta pesquisa volta-se para a perspectiva da sustentabilidade socioambiental, selecionando como elemento de análise a economia municipal. Analisamos as marcas impressas pelos processos socioespaciais no sentimento de pertencimento dos cidadãos, na perspectiva do trabalho, consumo e permanência do capital no território, pensando que a população possa voltar-se para a cidade, como espaço de vivência, convivência e afetividade em razão dos efetivos e constantes usos e apropriações espaciais. Alvorada foi escolhida para este estudo por compor uma nova centralidade a partir de sua emancipação do município de Viamão, o maior da região metropolitana leste de Porto Alegre/RS. Na leitura desses processos socioespaciais que proporcionam ou não a sustentabilidade socioambiental e o sentimento de pertencimento, tecemos recortes espaciais, a partir de um estudo com base no desenvolvimento dos setores da economia municipal, para compreender suas contribuições para que o capital permaneça no município, em termos de consumo, empregabilidade e consequente ou não pertencimento pela permanência dos cidadãos em Alvorada, o que consideramos como processos lugarizantes. Para isso, analisamos índices relacionados ao desenvolvimento humano e econômico do município, entrevistamos empreendedores locais e propusemos questionário, respondido por cidadãos alvoradenses. Os dados obtidos possibilitam algumas considerações que não se esgotam neste trabalho, mas que reforçam a necessidade premente da gestão pública municipal de Alvorada investir em políticas, planos, programas e ações que promovam uma relação de pertencimento da população ao território municipal e de sustentabilidade socioambiental local.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Pertencimento. Economia. Gestão territorial.