CHICO HARD: DE PAPEL, TINTA, LUZ, CÂMERA E AÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.96622Resumen
Este artigo examina as produções literárias do “Chico hard, de tinta e papel” e como o processo de travessia, ou transposição de linguagens, presente em suas estruturas narrativas, configura a assinatura do seu novo projeto de escritura. Para tanto, optamos por um estudo comparado que acontece em três diferentes frentes: na primeira, ao problematizar categorias como tradução, assinatura e escritura, buscamos mapear as categorias de pensamento que dão aporte teórico para o trabalho estético empreendido por Chico Buarque. Na segunda, objetivamos demonstrar como a estrutura narrativa do romance Budapeste constrói-se por meio de uma metáfora do espelho, na qual o cinema se apresenta como o duplo da literatura. Por fim, problematizamos de que forma as narrativas de Chico Buarque podem ser metonímia de uma cartografia literária brasileira contemporânea que se caracteriza, principalmente, pelos intensos processos de travessias e quebra de fronteiras.
PALAVRAS-CHAVES: Travessia; Assinatura; Prosa de Chico Buarque.