UMA ANCIÃ ILUMINA A NOITE
GÊNERO E FEMINISMOS INDÍGENAS A PARTIR DO POEMA “EWARON”, DE SONY FERSECK
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.144369Resumo
Neste artigo, parte-se da obra Weiyamî: mulheres que fazem sol (2022), de modo específico, do poema “Ewaron”, da escritora indígena Makuxi Sony Ferseck, para tecer um diálogo crítico-reflexivo em torno da existência de um feminismo indígena no contexto brasileiro. Recorre-se, para tal, à literatura nativa (Dorrico, 2018) como canoa, de modo a singrar as águas de um pequeno córrego, que é este artigo, para propor um rio de discussões e elucidações futuras mais profundas sobre o tema. Na perspectiva aqui assumida, Ferseck, em sua poética, situa como protagonista as vozes de mulheres indígenas violentadas e silenciadas pela cultura patriarcal, ao tempo em que ilumina, com a Sol, as histórias encobertas de suas antepassadas, clareando noites que duram séculos. Pretende-se, ao partir desse trançado, instigar o debate acerca de quais feminismos se pensar para mulheres indígenas, tecendo possíveis conexões entre a poética indígena makuxi, o Feminismo Comunitário proposto por Paredes e Guzmán (2014) e o Ecofeminismo de Mies e Shiva (2021).
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