Entre o dito e o escrito: Uma análise da persistência da oratura indígena na literatura brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.144357Resumo
Este artigo explora a oratura como a "palavra viva", essencial para a preservação de tradições e culturas. A pesquisa analisa como a oratura foi marginalizada em comparação à literatura escrita, e como ambas deveriam coexistir e se complementar. Com base nas ideias de Jack Goody (2012), o artigo reflete sobre a importância da oratura, especialmente entre os povos indígenas, como meio de transmissão de saberes e identidades culturais. Além disso, discute a evolução do conceito de folclore no Brasil, destacando a contribuição de estudiosos como Sílvio Romero, Mário de Andrade e Câmara Cascudo para a valorização da cultura popular, bem como o conceito de folclorização e a marginalização da cultura popular e indígena, vistas sob um olhar reducionista, que as colocava na posição de pertencentes a um povo “inculto”. Na busca por respostas, será possível explorar a dinâmica entre a tradição oral e escrita na formação do imaginário e da memória coletiva nacional. Ainda tem por fim, entender os conceitos de folclore e folclorização; compreender a relação entre a oratura e a literatura indígena; e refletir sobre o papel das narrativas indígenas na construção e preservação das identidades culturais destes povos.
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