Da fraturas sociais dos processos de transformação: o lugar do patrimônio
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9264Resumo
Nossa reflexão parte de nossa pesquisa antropológica na cidade e sobre o fenômeno urbano e as formas de sociabilidade, os estudos de memória coletiva, as trajetórias e a construção social da identidade dos habitantes, em particular de Porto Alegre, RS. Os resultados dessa pesquisa são acessíveis pela internet no projeto que denominamos Museu Virtual da Cidade de Porto Alegre - Banco de Imagens e Efeitos Visuais, www.estacaoportoalegre.ufrgs.br .
É notória a ausência de uma preocupação cultural e política com a memória no processo intelectual de pensar as sociedades ocidentais no bojo dos processos de colonização e industrialização. Apenas na atualização dos paradigmas ocidentais de modernização, como nos estudos da Escola de Chicago, os primeiros a interessar-se pelo problema da desorganização, desestruturação e anomia acarretadas pela concentração das massas nas megalópoles contemporâneas, o tema da memória no contexto urbano emerge como tempo-espaço de reflexão.
A essa vertente de estudos e pesquisas sobre a cidade, responderam outros intelectuais formados nos quadros de uma sociologia européia e dedicados ao estudo do mundo urbano e dos problemas das relações capital/trabalho, lazer, individualismo, consumo, gosto, cotidiano, trajetórias e histórias de vida, em que se destaca a obra de Maurice Halbwachs que compõe a coletânea na versão francesa.
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