Micro-territorialidades em movimento

Habitar pelas brechas em Rio Claro SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1984-1191.147283

Palavras-chave:

Cartografia, Espaço Liso e Estriado, Máquina de Guerra, Borda, Micro-territorialidades

Resumo

A pesquisa experimental e processual atravessa o cotidiano da cidade de Rio Claro, com o procedimento da deriva e cartografia no espaço da Estação Ferroviária, que perdeu suas funções originais, funcionais e produtivas, apreendendo os modos de habitar heterogêneos que a compõem. O olhar pela borda transborda os territórios lineares, funcionais e produtivos demarcados como muros, visibilizando brechas dos  espaços rejeitados e escondidos do subalterno. São espaços em constante movimento de transformação construídos e habitados pelos corpos do lugar, em processos de desterritorialização e reterritorialização, aproximando dos conceitos de Deleuze e Guattari, em que o espaço estriado, normatizado e institucionalizado com os fragmentos das microrresistências coloca em regime de visibilidade o espaço liso, ressignificando e intensificando seus desejos e afetos, expressando pertencimento com suas ambiências singulares, valorizando o dissenso e apontando para a construção coletiva da cidade.

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Referências

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Publicado

2025-07-08

Como Citar

HIRAO, Helio; AYOUB, Thamine; CAMARA, Evelyn. Micro-territorialidades em movimento: Habitar pelas brechas em Rio Claro SP. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 26, n. 71, p. 397–411, 2025. DOI: 10.22456/1984-1191.147283. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/147283. Acesso em: 28 ago. 2025.