Furusato - Um lugar para voltar: relatos da produção de um documentário compartilhado junto à comunidade japonesa de Ivoti (RS)
Palavras-chave:
Antropologia Audiovisual, Furusato, Colônia japonesa de Ivoti, documentário etnográfico, Antropologia CompartilhadaResumo
O presente trabalho pretende expor o processo de produção do documentário etnográfico intitulado “Furusato: Um lugar para voltar”, finalizado em dezembro de 2024 e construído juntamente com interlocutoras/es associadas/os à Colônia Japonesa de Ivoti, no Rio Grande do Sul. O projeto para este curta-metragem, por mim dirigido, foi contemplado com verba da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura, e conta com a participação, na equipe de produção, de interlocutoras/es que permitiram que eu realizasse minha primeira pesquisa de pós-doutorado, “Por uma Antropologia da Montagem: narrativas e grafias nikkeis”, vinculada ao Núcleo de Antropologia Visual (Navisual) da UFRGS, entre 2021 e 2023, com auxílio de uma bolsa do CNPq (PDJ). Seguindo a trilha iniciada por Jean Rouch (1952, 1955, etc.) e tendo como inspiração o fecundo projeto “Vídeo nas Aldeias” (Carelli e Valadão, 1986), a intenção foi realizar uma “antropologia audiovisual compartilhada” stricto sensu, cujo processo de produção pretendo desvelar verbo-visualmente neste artigo.
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Filmografia:
OS mestres loucos. Direção: Jean Rouch. França: 1955.
MOI, um noir. Direção: Jean Rouch. França: 1958.
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