NOTAS DE CAMPO SOBRE O OFÍCIO DE LAVAÇÃO NA CIDADE DE GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.125035Resumo
Este artigo é resultado da pesquisa etnográfica realizada na Cidade de Goiás, Goiás, Brasil, para minha tese em Antropologia Social. Trata do processo de silenciamento vivido pelas lavadeiras de ganho constituído ainda no contexto do empreendimento colonial. Subalternizadas, as lavadeiras viveram conflitos que geraram dores e sofrimentos; assim, traz-se, aqui, as relações de trabalho, os indícios de permanência para uma escravidão velada. Metodologicamente pautado em notas de meu caderno de campo, organizei dados da polícia civil, entrevistas e imagens para discutir quem eram essas mulheres e como foram tratadas em ambientes públicos (rios e córregos) e privados (casa dos patrões) constitutivos de arenas de conflitos. À luz de autores como: Gayatri Spivak, José Jorge de Cavalcante e Georges Vigarello, busquei entender como a subalternização silencia mas não apaga as dores. Com o apoio da antropologia, espero contribuir com este trabalho sem olhar por sobre seus ombros dizendo dores que só sente quem passa pelo processo, nesse caso, as próprias agentes.
Palavras-chave: Cidade de Goiás. Lavadeiras. Subalternidade
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