De Arraial a Bairro Industrial - O que o Navegantes ainda tem?
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9220Abstract
A trajetória das formas de vida urbana no bairro Navegantes, em Porto Alegre, considerando-se os diversos gestos de ocupação deste território, é aqui pensada a partir dos ecos do seu passado, trazidos até os dias de hoje, por meio de imagens literárias, visuais e sonoras, antigas e recentes, desta área da cidade. Estas imagens foram acessadas no acervo do Banco de Imagens e Efeitos Visuais e aliadas a investidas de trabalho de campo no bairro Navegantes, pela via de uma etnografia de rua. Em especial, foram escolhidas para a pesquisa determinadas áreas deste bairro marcadas, em seu desenho atual, pelo registro de fragmentos de distintas temporalidades e que, por esta razão, permitiriam a este estudo aprofundar uma reflexão sobre as transformações nas formas de vida social na cidade de Porto Alegre.
Hoje, diferentemente do passado, o bairro Navegantes encontra-se escondido, de um lado, por uma série de modificações ocorrida na orla do Lago Guaíba - aterro, trilhos de trem, avenida Castelo Branco – tendo perdido sua vista para as inúmeras ilhas que ornamentam o estuário do Lago Guaíba. Do outro lado, são os bairros adjacentes - Centro, Independência, São Geraldo, Floresta e São João aqueles que condicionam os limites. Sendo o Navegantes um bairro de menos prestígio social que os anteriores, e que faz fronteira com eles, a pergunta que motivou a entrada no trabalho de campo neste território da região norte de Porto Alegre foi a seguinte: ainda que não tenha se constituído como bairro pelo planejamento municipal, como nasceu esta denominação “bairro Navegantes” na memória coletiva da cidade? Como esse espaço da cidade foi se constituindo no que é hoje? E o que é hoje esse lugar?
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