CONTINUIDADES, RUPTURAS, DESDOBRAMENTOS: conexões entre cinema indígena, pensamento e xamanismo
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.85244Palavras-chave:
Cinema Indígena, Descolonização, Xamanismo, Circulação de Saberes, MitológicasResumo
Resumo: Examinando realizações cinematográficas entre ameríndios e a crescente demanda por formação de cineastas e circulação de seus filmes, percebemos que, se a apropriação de instrumentos metodológicos e meios de produção ainda é restrita e controlada, o cinema, de natureza relacional e dinâmica, permite, como tecnologia de produzir e descrever eventos a partir do experiência sensível, que realizadores indígenas o coloquem com mais autonomia à serviço de seus modos coletivos de formular narrativas, produzir relações e experiências sensíveis e fazer circularem saberes. As referências advindas da tradição científica-cristã são acolhidas, mas seu olhar e sua escuta – especialidade dos povos xamânicos – não são capturadas pelo modo de produção de imagens e saberes do cinema e da antropologia advindos desta tradição. Veremos como o exercício rigoroso de olhar sob ângulos distintos para que relações emerjam e se complexifiquem das análises mitológicas de Lévi-Strauss e da Ciência do Concreto é uma habilidade fundamental não só para a antropologia, mas, principalmente, para a realização cinematográfica.
Palavras Chave: Cinema Indígena; Descolonização; Xamanismo; Circulação de Saberes; Mitológicas
CONTINUITIES, RUPTURES, UNFOLDINGS: conections between indigenous cinema, thought and xamanism
Abstract: Examining cinematographic achievements among Amerindians and the growing demand for filmmakers' training and circulation of their films, we realize that if these filmmakers do not yet fully appropriate methodological tools and means of production, the cinema, of a relational and dynamic nature, allows, as a technology to produce and describe events from the look and the listening, that indigenous filmmakers use it with more autonomy in the service of their collective ways of formulating narratives, producing sensible relations and experiences and circulating knowledge. The references coming from the Christian-scientific tradition are accepted, but their look and their listening – the specialty of shamanic peoples – are not captured by the way of producing images and knowledge of the cinema and anthropology from this tradition. We will see here also how Lévi-Strauss's mythological analyzes propose a rigorous exercise of looking under different angles for relationships to emerge and become complex, a fundamental skill not only for anthropology, but mainly for cinematographic achievement.
Keywords: Indigenous Cinema; Decolonization; Documentary; Circulation of Knowledge; Mythological
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