A doença socialista e o mosquito dos pobres
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.69998Resumo
O tipo de antropologia urbana que serve como base deste trabalho, leva em consideração o modo como os mosquitos e os humanos têm suas vidas cruzadas e coproduzidas e como juntos eles fazem a cidade. Seguindo esses propósitos, na primeira parte do artigo eu busco evidenciar o papel da febre amarela na produção das cidades, a partir de situações que ficaram conhecidas como reformas urbanas, na virada dos séculos XIX e XX. Na segunda parte do texto, a partir de elementos que trago do trabalho de campo entre agentes de controle de endemias do município de Natal/RN, eu desloco a atenção para as políticas em torno da dengue, que ganharam substância nos últimos trinta anos e no modo como a sua atenção centrada nos mosquitos produz áreas de vulnerabilidade.
Palavras-chave: Relações humano-Aedes aegypti. Reformas urbanas. Áreas de vulnerabilidade.
A socialist disease and the mosquito of the poor
Abstract
The type of urban anthropology that serves as the basis of this work, takes into consideration how mosquitoes and humans have their lives crossed and co-produced, and how together they make the city. Following these purposes, the first part of the paper I try to highlight the role of Yellow Fever in the production of cities, from situations that were known as urban reforms by the turn of the nineteenth and twentieth centuries. Besides, in the second part of the text, I bring elements from fieldwork with endemics control agents of Natal, RN, I change attention to policies around the dengue, which gained substance in the last thirty years, and how its attention with focus on mosquitoes produces areas of vulnerability.
Keywords: Relations human-Aedes aegypti. Urban reforms. Vulnerability areas.
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